XXVI

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Com um tempo, um respiro e um copo de água, tudo se conserta – ou pelo menos se esconde

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Com um tempo, um respiro e um copo de água, tudo se conserta – ou pelo menos se esconde.

Quanto mais velhos ficavam os filhos de Mikoto, menor a abertura dela para deixar de ser uma mulher de negócios para ser a mesma chorona que um dia sentiu o chão faltar descobrindo com os próprios olhos que seu até então amado marido chegava à sujeira de trazer à cama dos dois las putas que lo encantaran en la calle. Assim que aceitou o amparo de Sakura, ela apenas sentiu vergonha de que uma desconhecida a visse frágil e que seu não tão mais menino assim ainda se sentisse no dever de lhe proteger.

Acima de tudo, Mika era mãe. Ainda assim, ela ainda era mulher e gozava de caprichos e o mais novo deles foi levantar-se como se nada houvesse e ainda dar bronca em Sasuke por senta-se ao chão para depois jogar sua bunda suja ao sofá recém limpo. Tão rápido sucumbiu, voltou das cinzas disposta a tudo para conseguir o que queria e isso também era sobre ser uma boa anfitriã para sua nova nora que, graças ao imundo de seu ex marido e ao bocudo de seu caçula, sabia demais.

Acarinhou o rosto de Sasq e, com isso, deixou implícito que conquistar Sakurita deixou de ser um impulso para ganhar o posto de obrigação. Ela a queria entre eles. Quieta, de preferência. E a única forma de manter os segredos dos Uchiha a salvo, era tratá-los como negócios de família. Trate de inclui-la, pendejo!

Um sorriso para indicar a visita que logo voltava. Doce, serena. Tão ou mais robusta que quando se conheceram melhor em horas de um longo e tenso embate, tratando a queda como um simples tropeço em seu adorável catwalk. O quão turbulenta não estava essa mente?

— Ela tá bem?

— Vai ficar! - apostou cortando qualquer pena.

O mesmo Deus que fez o mundo em 7 dias abençoou Mamá com a habilidade de refazer o deles sempre que necessário e ainda que detestasse a frequência de vezes em que acontecia, beijou o indicador e o médio direitos e lançou em sua direção dela como lembrança de como se orgulhava dela. Recebeu um tímido e mui grato riso enquanto se retirava para reorganizar suas ideias e álbuns, até lá, apenas siga o plano como ela seguiu impotente pelos corredores que assistiram seu sucumbir e, agora, testemunhavam sua ascensão.

Uma rainha nos mais variados sentidos.

Sakura se viu confusa e perdida, de mãos atadas e impotente. Acostumada em ver cair, jamais levantar com tamanha desenvoltura. Primeiro, invejou. Em segundo, apiedou. Coitada, não devia ser fácil. Por terceiro, entendeu que naquela casa, esse era o costume. E enfim ela temeu, arrepiada e consciente de que a mulher que vira páginas da vida como se folheasse uma revista era capaz de qualquer coisa.

Entendeu porque ele dizia que não se pode lutar com Mamá, apenas perder. Se juntar à ela lhe pareceu o melhor caminho!

Sacudiu a cabeça e decidiu focar em quem, por mais que se esforçasse, continuava longe da plenitude que a mãe alcançou. Diferente de Mika, Sasuke ainda fervia de ódio e se soubesse como era por dentro, Sakura o veria como um vulcão lançando fumaça e eu poderia dizer que esse é o momento em que ela age como um amuleto sagrado que contém a erupção mas seria jogar nela uma carga que não lhe cabe – e romantizar situações que precisam de bem mais que abraços para se resolver. Ainda assim, ela tentou.

Offline • SasuSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora