Lá estavam os cinco na sala: Susan, Chifuyu, Kakucho e Ran sentados à mesa circular enquanto Haru assistia concentradamente seu filme predileto pela "milésima" vez: Monstros S.A. Os adultos ficaram se encarando por um bom tempo até Kakucho quebrar o silêncio:
Kakucho: Bom… O que tem a nos dizer, Susan?
Susan: A primeira coisa é: por que vieram? Bom, Kakucho imagino que veio para impedir o Ran de fazer burrada, mas e você, senhor Haitani?
Ran: Eu… Eu precisava saber se era real… Achei ela parecida comigo, mas… O desenho dos olhos me lembravam os seus quando estava triste, sabe? Isso não saía da minha cab-
Chifuyu: Ou ou! Parou aí! – o moreno cortou a fala do arroxeado – Quando que a viu triste?
Kakucho: Ah… Eles queriam saber quem era a minha namorada e… A gente foi lá na escolinha e ela tava distanciada das outras crianças.
Susan: Aquelas sanguessugas não fizeram o que prometeram… – a morena suspirou fundo – Agora podem perguntar o que quiserem…
Ran: Eu só tenho uma pergunta em mente. O fato de não ter contado para a gente sobre a gravidez: seus pais tem alguma coisa a ver com isso?
Susan: Não, claro que não! Meus pais me deram total apoio.
Kakucho: Então o que houve?
Susan: É… É… – ela começou a batucar os dedos na mesa por nervosismo, mas seu melhor amigo começa a segurar suas mãos – Eh?
Chifuyu: Você sabia que esse dia chegaria… Não se preocupe que estou aqui com você.
Após a frase de Matsuno, Susan suspira lentamente e encarou os outros dois rapazes com uma expressão muito triste.
FLASHBACK ON
Lá estava Susan amamentando sua bebê quando sua porta começou a ser batida várias vezes. Assim que terminou, colocou a bebê no berço e foi atender a porta: era seu chefe na época Manjiro Sano, mais conhecido como Mikey. Ela ficou sem entender o motivo de sua presença e apenas ficou observando o mais novo entrar em sua casa e ir em direção ao quartinho de Susan. Ele deu um de seus raros sorrisos enquanto acariciava uma das bochechas da bebê com o dedo indicador:
Mikey: Ela é muito bonita, Susan… Realmente se parece com o Ran.
Susan: O que veio fazer aqui, Mikey-sama?
Mikey: Vim conversar, Susan… Olha, ela pegou no meu dedo – ele aproximou o rosto da bebê e ela começou a tocar em seu rosto – Preciso que se demita do trabalho, Susan… Certo, bebezinha? Não quer que nada aconteça com a mamãe, não é?
Susan: A-Ahn… Como assim?
Mikey: Vou ser mais direto então. – ele sai de perto da bebê, vai em direção da mais velha e a derruba facilmente com uma rasteira – Vamos dizer que não simplesmente esperar sua licença-maternidade terminar para que você mate todos que eu preciso tão tardiamente. Contratarei um em seu lugar e você desaparecerá das nossas vidas para sempre.
Susan: Mas… Mikey-sama, eu estou na firma desde que tudo começou e… E eu preciso contar ao Ra-
Mikey: Pensasse nessas coisas enquanto estava grávida e escondendo de todos nós. Se aproxime da sede da Bonten que irei te machucar da pior forma… Sabe qual forma estou falando, não é mesmo?
A morena ficou estática e sem saber o que fazer enquanto o mais novo apenas se direcionou a saída como se nada tivesse acontecido e saiu do local.
FLASHBACK OFF
Susan: Depois disso eu… Eu me mudei para bem longe com a ajuda do Chifuyu e… E comecei a fazer bicos como cantora em alguns bares… Esses dias eu fiquei em um bar fixo e a vida começou até a melhorar, mas… O bar tá quase fechando… Tá foda…
Tanto Ran quanto Kakucho estavam em choque. Apesar de saberem que Mikey se tornou o que ele é, nunca imaginariam que ele poderia chegar a audácia de ferir até uma criança por conta de desobediência. Haitani estava tão irado a ponto de socar a mesa com força:
Susan: Olha, sei que está irritado, mas a mesa é nova. Soca assim não!
Kakucho: Mikey não machucaria a Haru… Ele… Eu sei que ele ficou um tanto insano, mas… Machucar uma criança?! Não… Ele não…
Ran: Kaku, faria sim. Não… Eu não posso deixar. A gente não pode deixar ele fazer isso!
Kakucho: Ó, se começar a pensar em uma possível rebelião, pode tirar todos os cavalinhos da chuva porque não vai dar certo.
Ran: Claro que não pensei nisso, porra! Eu nem sei o que a gente poderia fazer na real! Ai… – respira fundo – A gente tinha que dar um jeito disso não acontecer…
Chifuyu: Mesmo que fizessem, acham mesmo que ia adiantar? Kakucho, pelo que eu soube, é o número 3 da Bonten, mas e o Sanzu? Acham que ele vai concordar em ajudar?
Kakucho: Porra, verdade, né? Além do chefão, teríamos que lidar com o maníaco dopado.
Haru: Uhm… Mamãe? – a voz da menor ecoa pelo ambiente e todos olham para ela:
Susan: Diga, minha Haruzinha.
Haru: É… Eu… Eu tô com dificuldade de pintar o desenho que a professora me mandou… Pode me ajudar?
Susan: Claro, princesa, mas poderia esperar só mais um pouquinho? Ainda estou conversando com os titios.
Haru: Hmmm… Tá bom, mamãe! – ela sai dali animadamente:
Kakucho: Como fazem bullying com ela? Ela é tão gentil…
Susan: Ai, isso é uma história para outra hora, Kakucho… Enfim… Vocês realmente vão me ajudar nessa?
Os dois rapazes se encararam por alguns segundos e, sem nenhuma hesitação, ambos assentem, deixando um sorriso no rosto da morena. Na cozinha mesmo, os quatro começaram a planejar como que eles fariam cada detalhe e, assim que finalizam o plano, todos foram à sala onde Haru esperava pacientemente. Enquanto Susan a ajudava com a pintura, Ran olhava fixamente para as duas ainda pensando na história que a morena contou. Ainda não acreditava que seu próprio chefe faria alguma coisa com elas, principalmente a pequena Haru. Aquilo o incomodava profundamente, mas seus pensamentos foram cessados pelo estalo de dedos da menor:
Haru: Titio Ran, está tudo bem?
Ran: Uhm? Está sim, pequena Haru. Não se preocupe.
Tudo parecia estar tranquilo, mas mal sabiam eles que um dos outros rapazes da Bonten ouviu toda a conversa. É, lá vem muita treta pela frente.
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𝐴 𝐹𝐼𝐿𝐻𝐴 𝐷𝐸 𝐻𝐴𝐼𝑇𝐴𝑁𝐼, ran haitani
FanfictionEm uma noite específica, duas pessoas se envolvem e acabam por mudar suas vidas por completo. O membro e executivo da gangue Ran Haitani mal sabia sobre o segredo que a assassina de aluguel e, atualmente, cantora de bares Susan Tanaka guardava um se...