Conversa Entre Ex-Amantes

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Com uma hora de caminhada, Ran chegou a casa de Susan com a Haru ainda adormecida em seus braços. Com uma pequena dificuldade, ele tocou a campainha e esperou uns quatro minutos para que Susan atendesse a porta:

Ran: A pequena menina a casa retorna.

Susan: Ah… Você a trouxe. Obrigada… 

Ran: Não foi nada – ele entrou assim que a morena lhe deu espaço – Onde fica o quarto dela?

Susan: Ainda não está pronto, então ela está dormindo comigo. Meu quarto fica na primeira porta à direita.

Ran: Okay – ele foi ao local indicado e deixou a pequena deitadinha ali, mas ela acabou acordando – Oh, perdão, pequena.

Haru: Titio Rã… Eu tô em casa?

Ran: Sim, meu bem. Você e Ume-chan agora estão em casa. Descanse, viu?

Haru: Uhum… – a loira bocejou e adormeceu abraçada a sua ursinha, deixando o mais velho sorridente enquanto saía do quarto dela:

Susan: Não precisava ter feito isso, Ran.

Ran: Ei, sabe que não me incomodo em te ajudar.

Susan: Sei sim… Ehm, precisamos conversar. Ainda tem tempo?

Ran: Tenho sim.

Os dois se sentaram no sofá e ficaram se encarando por um tempo. Um silêncio absurdo tomou conta do local e deixava o clima mais tenso, já que ambos até mesmo desviavam o olhar para não terem que olhar um para o outro:

Ran: Então… O que quer me dizer?

Susan: Ah é! – soltou um riso forçado e respirou fundo – Bom, primeiramente quero pedir desculpas por não ter falado nada da Haru antes mesmo do Mikey ter me ameaçado e antes mesmo de sumir. Eu… Eu pelo menos devia ter te contado, já que… É o pai dela… 

Ran: Por enquanto sou apenas o progenitor, Susan. Eu não participei do iniciozinho da vida dela então… 

Susan: Participou sim, mas não diretamente – ele a olhou confuso – Bom, eu sempre falei de você pra ela, então meio que… Ela sabe que você é pai dela…?

Ran: Oh, bom… Por essa eu… Eu não esperava. Espera, então por que ela não me cham- Ah… Ela não sabe que eu sei.

Susan: Isso… – a morena respirou fundo – Desculpa por essa confusão.

Ran: Susan, você fez o que achou ser certo. Não a culpo por isso – ele sorriu e ajeitou uma madeixa solta dela – Ainda continua uma excelente mãe.

Susan: Obrigada por me entender… – respondeu com um sorriso tímido:

Haru: Mamãe… – ambos encaram na direção da vozinha da pequena que estava bem sonolenta – Eu quero meu beijinho de boa noite.

Susan: Ah, Haruzinha da mamãe… – ela a pegou no colo e encheu de beijos na bochecha – Prontinho. Quer que eu te leve pro quarto?

Haru: Não… – a pequena bocejou, foi até o rapaz e deu um puxãozinho na blusa dele – Titio Rã, me dá um abraço?

Ran: Claro, meu bem – ele abraçou a pequena e ajeitou os cabelos dela – Durma bem, huh? 

Haru: Uhum… – ela se afastou e voltou toda sonolenta para a cama:

Ran: Eu tenho que ir – disse o mais velho ao olhar o celular – Vou trabalhar até de madrugada.

Susan: Imagino. – a morena foi até a porta junto a ele e a abriu – Agradeço por trazê-la em casa.

Ran: De nada… 

Susan: Ah! – ele a olha – É… Bom… Não sei como perguntar isso, mas… Quer participar mais da vida da Haru? Bo-Bom, apenas se quiser, sabe? Não quero te forçar nem nada… Não ligaria se quisesse pagar pens-

Ran: Susan, eu quero sim participar da vida da Haru e eu, como pai dela, tenho que pagar pensão sim, mas discutimos isso melhor quando tiver tempo livre, sim? 

Susan: A-Ah… Tá bom… 

Ran: Okay – ele beijou a mão da rapariga – Boa noite, Susan.

Susan: Boa noite, Ran… 

Ele sorriu e saiu dali tranquilamente, deixando Susan ruborizada na porta. Voltando para casa, a morena ficou bem sentida com tudo que Ran disse e ficou pensativa no sofá. Sem pensar duas vezes, pegou seu antigo celular que estava guardado em uma de suas gavetas, o ligou, fez todas as atualizações necessárias e mandou uma mensagem ao número de Ran esperando que fosse ele, mas sabia que o rapaz não ia responder agora, já que ele irá trabalhar a noite toda. Bom, o que resta agora é esperar.

𝐴 𝐹𝐼𝐿𝐻𝐴 𝐷𝐸 𝐻𝐴𝐼𝑇𝐴𝑁𝐼, ran haitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora