Cap 2: Caso Dampier

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Capitã Lane se aproximou novamente delas ao ver que sua conversa havia acabado e entregou um par de luvas a Luthor, que rapidamente a colocou. Kara retirou suas próprias luvas de dentro do grosso casaco que vestia e então, as três caminharam para dentro do sobrado.

— O marido da vítima, o Doutor Richard Mantlo chegou há algumas horas, e achou a porta principal estava arrombada e sua esposa, Amy Dampier, desaparecida. — Disse a capitã caminhando com elas pelo corredor da casa. — Aquele é o marido da vítima. — Apontou para um homem calvo e com a barba média, trajando um paletó marrom e uma calça social preta. Ele estava sentado na mesa de jantar ao lado de dois policiais dando mais um depoimento. — Ele é chefe de um hospital psiquiátrico. Ele disse que não estava aqui durante a ocorrência, que houve uma emergência no hospital e chegou aqui às 5h. Viu a porta da cozinha e chamou a polícia.  — Lena olhava ao redor, havia lascas de madeira branca pelo piso. — Segundo os primeiros policiais no local, eles viram sinais de luta na cozinha e no quarto do casal. Mas nada da Sra. Dampier.  — Kara observava atenta a pegada de uma bota na porta, e  retirou do bolso do casaco seu celular com uma câmera adaptada e fotografou a pegada. 

— Nada de resgate? — Kara observando os cantos da entrada. 

— Nada.

— Hm… — Kara tomou a dianteira e foi até a sala de estar da casa.

— O quê? — Disse a capitã a seguindo. 

— Não tenho certeza. — Disse parando no centro da sala olhando cada canto do local. 

Ela caminhou até o lado esquerdo da lareira, perto de uma das grandes janelas do local, e começou a examinar as fotos que estavam pregadas na parede. Quatro porta-retratos quadrados, dois de cada lado da parede, exibindo a Sra. Dampier e seus lindos cabelos ruivos e seu marido. E dois porta-retratos ovais no centro, exibindo as fotos do doutor Richard. 

— O celular da Sra. Dampier vocês o acharam? — Kara se voltou rapidamente para a capitã, que deu comando para os policiais entregarem o telefone para a loira.

Kara o retirou de dentro do saco de evidências e começou a vasculhar no aparelho em busca de fotos da mulher. A consultora começou a examinar as fotos do celular, revezando seus olhares entre as fotos no celular e as fotos da mulher na parede. 

— Bom, ou ela perdeu muito peso, ou fez algumas plásticas nos últimos dois anos. — Disse se aproximando de Lena e mostrando as fotos para a mulher. 

— Ela parece igual em todas as fotos. — Lena examinando as imagens que Kara a mostrava. 

— Essa é a questão. — Disse Kara travando o celular.

A loira caminhou novamente até as molduras pregadas na parede. 

— Os porta-retratos ovais são mais velhos, estão aqui há mais tempo. Enquanto as molduras quadrados são mais novas, dá para perceber pelas manchas que os porta-retratos anteriores deixaram na parede. Essas são as únicas que mostram a Sra. Dampier. — Desbloqueou novamente o celular da mulher e mostrou novamente o aparelho para a capitã e para a Luthor. — Coincidência? Não.  Podem olhar pelo celular dela, não há fotos dela mais antiga que dois anos,  mas há inúmeras fotos de outras pessoas de cinco ou seis anos atrás. 

A mulher se retirou da sala e caminhou até o corredor onde se ajoelhou no chão e começou a examinar o tapete da entrada por uns minutos e o cheirou por duas ou três vezes.

— Você a conhece há muito tempo? — Lena para a capitã, enquanto olhava sem entender as atitudes de Kara, que continuava a examinar o tapete. 

— Há uns dez anos. — Disse, enquanto observava Lena encarar Kara com uma de suas sobrancelhas arqueadas. — Após um atentado, fui enviada até Londres e trabalhei em conjunto com a Scotland Yard cuidando de uma agência antiterrorismo deles. Ela trabalhava com homicídios, mas ainda assim nos cruzamos pelos cantos. 

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