Capítulo 3.

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Já fazia mais de meia hora que Lexi estava falando no meu ouvido e tentando me convencer de ir num bar aqui de New Orleans

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Já fazia mais de meia hora que Lexi estava falando no meu ouvido e tentando me convencer de ir num bar aqui de New Orleans. Music Orleans.

— Vamos por favor, não quero ir sozinha. — ela diz com as palmas das mãos juntas, implorando para que eu fosse.

— Tudo bem, eu vou.— digo levantando os braços em rendição. E logo ela abre um sorriso de orelha a orelha.

Tinha esquecido que ela sabia ser insistente quando queria.

Assim que nós chegamos ao local, percebi a grande movimentação de gente que havia lá dentro, e já estava quase me arrependendo de ter vindo

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Assim que nós chegamos ao local, percebi a grande movimentação de gente que havia lá dentro, e já estava quase me arrependendo de ter vindo. Mas não posso negar que eu merecia uma noite de diversão. As coisas na faculdade já estavam começando a pesar, além do trabalho na lanchonete. Quanto a isso, estava agradecendo por hoje estar de folga.

Eu optei por usar um conjunto vermelho de saia e cropped, que eram justos e marcavam minhas curvas. Meus cabelos estavam soltos, formando uma cascata que passava pelos meus ombros e descia até meus quadris. Nos pés um salto preto básico e no rosto uma maquiagem leve.

Segurei uma das mãos de Lexi e logo entramos, tentando passar por aquela multidão no meio da pista de dança e indo até o balcão de bebidas.

Sentamos nos bancos de madeira que estavam logo a frente do balcão e pedimos duas doses de tequila. Depois de algumas doses, eu e Lexi já estávamos alegres.

De repente a música parou e a atenção de todo mundo foi direcionada ao pequeno palco que havia sido montado perto da pista de dança.

Um desconhecido de cabelos escuros começou a se apresentar. Era o DJ da noite. Para a minha surpresa, ele informou ser brasileiro.

— É um prazer para mim estar tocando neste lugar maravilhoso para todo esse público. Hoje eu resolvi mostrar para vocês um pouco das músicas do Brasil. Divirtam-se. —

Eu fiquei um tanto animada pois amo as músicas brasileiras - minha mãe é brasileira, meu pai conheceu ela em uma de suas viagens e deu no que deu. Apesar dela já estar morando nos EUA a bastante tempo, ela nunca deixou sua essência brasileira para trás e sempre procurou passar isso pra mim também, apesar de eu ser americana. Já tivemos algumas viagens, algumas foram pelo famoso Rio de Janeiro, e com isso, eu aprendi algumas coisas sobre a cultura, além de ter aprendido a dançar funk e forró, dois estilos de dança muito populares por lá. -

Logo quando começou a tocar funk, puxei Lexi para pista de dança. Para a minha surpresa, muitas pessoas estavam gostando do ritmo e dançando loucamente assim como eu.

Por motivos de estar de saia, não podia fazer tantos movimentos bruscos. Mas isso não me impedia de ir até o chão. Quando me dei conta, senti duas mãos pousarem delicadamente pela minha cintura, jogo a cabeça para o lado para ver quem era. E puta merda ele era lindo.

Seus cabelos castanhos estavam um tanto bagunçados e suas iris castanhas estavam fixadas em mim e nos meus movimentos. Seu corpo era bem definido, provavelmente era um atleta.

De repente, ele girou minha cintura com as duas mãos fazendo com o que nossos corpos ficassem colados de frente um para o outro. Por um minuto, senti minha respiração falhar e meu coração palpitava num ritmo fora do comum. Estávamos perto demais.

Tentei puxar um pouco de ar e pisquei algumas vezes para tentar disfarçar. E então lancei uma pergunta:

— Posso saber como você se chama? — perguntei, engolindo em seco. Era assustador o quanto ele me deixava nervosa.

- Levi. Levi Peterson.

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