Capítulo 4.

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— Levi. Levi Peterson.

Quando escutei aquelas palavras, senti meu corpo estremecer. Então era ele. O famoso Levi Peterson, o tipo de cara que se você não quiser sair com o coração destroçado, mantenha distância.

Eu era nova no campus, mas era quase impossível não escutar comentários sobre ele pelos corredores. O tipo que vive rodeado de garotas, mas não pretende ter nada com nenhuma delas.

"Relacionamentos não são a minha praia."

É o que as pessoas costumam dizer que ele fala. Eu tinha muitos objetivos agora, mas me envolver com ele nunca vai estar na lista. Não é hora de me apaixonar. Não é hora de me envolver.

Sempre procuro repetir essas palavras na mente todos os dias. E vai continuar nesse ritmo. Então, assim que a música parou, dei apenas um sorriso de lado e praticamente sai correndo dali. De sua presença.

Eu não vou cair tão fácil assim.

Era mais ou menos 18:00 da noite e eu estava na lanchonete, — que inclusive, se chamava "Orleans Diner

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Era mais ou menos 18:00 da noite e eu estava na lanchonete, — que inclusive, se chamava "Orleans Diner." o movimento estava um pouco corrido, mas nada que eu e Ana, minha colega de trabalho, não conseguisse dar conta.

A noite anterior foi uma mistura de coisas. Depois de ter corrido da presença dele, fiquei a festa inteira tentando não esbarrar com ele novamente. O que me deu um pouco de trabalho.

Mas a minha mente estava me matando. Flashes sobre nossa pequena interação passavam pela minha cabeça. Que droga, eu não devia estar pensando tanto nisso.

Pego a cardeneta que estava no balcão e logo vou a mesa 16 onde estavam um casal.

— O que vocês vão querer? — pergunto educadamente.

— Duas panquecas com mel e um milk shake de baunilha, por favor.

Assenti e anotei o pedido.

Enquanto estava distraída preparando o pedido, Ana soltou um comentário quando o sino da porta tocou, indicando que mais alguém havia chegado.

— Nossa, quem é aquele?

Por um instante, meu corpo congelou e meus lábios ficaram secos. Era ele, de novo.

Que droga, existem milhares de outros restaurantes em New Orleans, ele tinha que aparecer logo aqui? Isso só podia ser brincadeira.

Terminei o pedido anterior e levei até a mesa, fingindo não ter notado a presença dele. Até ele sentar em uma das mesas logo a frente do casal que eu havia acabado de entregar o pedido.

Maldição.

Respirei fundo e fui até lá, fingindo naturalidade.

Peguei a cardeneta que estava no bolso do meu uniforme e me preparei para anotar o pedido.

— Olá, o que você vai querer? — perguntei, tentando não olhar em seus olhos.

— Eu quero que você não corra de mim como se eu fosse um fantasma. — ele diz, com tom de ironia.

Então eu finalmente olhei nos olhos dele e respondi no mesmo tom.

— Isso não tem no cardápio, sinto muito.— finjo decepção e dou um sorriso de lado.

Ele apenas solta uma risadinha e se levanta, ficando tão perto que pude sentir minha respiração se misturar com a dele.

— Mas em breve terá, paixão.

Então ele sai. Me deixando paralisada, com meus sentidos totalmente perdidos.

Ela praticamente saiu correndo minutos após ouvir meu nome

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Ela praticamente saiu correndo minutos após ouvir meu nome. E eu já imaginava por quê. Muitos comentários rolavam sobre mim no campus, nada que fosse mentira.

Depois que voltei para a roda dos meus amigos, um deles que estava lá — Jason — me falou sobre ela. Disse que sempre que avistava a garota de belos cabelos loiros e olhos castanhos, ela estava afundada em livros e fazendo anotações. Não era o tipo de garota que eu costumava ficar. Mas eu não estava disposto a desistir. Digamos que sempre gostei de desafios. E ela seria um bem tentador. Então fui até a lanchonete onde eu descobri que ela trabalhava, e sai de lá ainda mais encantado. Ela era linda de qualquer forma, até em um uniforme com uma pequena mancha de ketchup que parecia recente. Ela definitivamente não era uma santa, pois soube me responder perfeitamente quando eu lhe dirigi a palavra.

Desafios..como eu os amo. Não importa quanto tempo leve, vou tê-la na minha cama.

É só o que eu quero. Me apaixonar não vai ser uma opção. Por incrível que pareça, eu não nem sempre fui assim. A exatamente 3 anos, minha avó — parte de mãe — se foi. Ela era basicamente a maior referência de amor para mim. Eu a-amava. Seu sorriso encantador e seu jeito doce me encantavam. O Jeito que ela amava música e instrumentos, por um certo tempo até me incentivou a aprender, já toquei algumas vezes para ela. E ver seus olhos brilhando e seu sorriso a cada nota que eu tocava e cada verso que eu cantava, era tudo pra mim. Quando ela se foi, essa parte de mim foi junto com ela. Algo dentro do meu peito acabou se apagando, doeu tanto, que parecia que estava rasgando. Hoje eu não tenho mais motivos para tocar ou cantar qualquer música, porque eu não veria o seu sorriso e seu olhar se fizesse isso.

Então hoje eu sou assim. Admito que sou um grande filha da puta, mas isso não me incomoda. Prefiro que seja assim mesmo.

Sou um grande filha da puta incansável. E não iria desistir dela.

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