Chapter 26

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Point ofview — S/n Rich

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Point ofview — S/n Rich

A passos medrosos porém decididos vou até o quarto de Millie, meu coração parece que a qualquer momento vai pular de minha caixa torácica e cair no chão devido a força que ele bate, alto e rápido. Eu nunca em toda minha vida senti tanto medo como estou sentindo nesse momento. Consigo até mesmo sentir leves tremores em minhas pernas quase me impossibilitando de andar. A dor de ser traída por um namorado é terrível, mas por uma amiga de infância é duplamente terrível. Millie era a pessoa que eu mais confiava nesse mundo, e ao descobrir tamanha traição me sinto sem saída. Por que ela fez isso? Neste momento poderia estar nós duas procurando Louis para matá-lo, contudo somente eu tenho vontade de matar os dois.

Ao me deparar em frente à sua porta posso ouvir uma música suave sair de dentro de seu quarto, levanto meu braço para que minha mão possa bater contra a madeira branca, então paro no meio do caminho percebendo que Millie não merece minha educação. Ao contrário do que eu esperava eu não empurro a porta com raiva causando uma cena dramática quando a mesma batesse contra a parede, mesmo com raiva eu consigo fazer tudo milimetricamente calculado, abro a porta devagar me encostando no batente da madeira lisa branca. Blair dança em seu quarto com um casaco de pele que é meu, o mesmo que mamãe trouxe para mim da França ano passado, a morena rodopia pelo quarto dançando uma música lenta que não reconheço no momento, pois não estou com paciência para prestar atenção na letra, seus olhos estão fechados.

Observo cada movimento seu, olhando este quarto que pelo menos oitenta por cento das coisas que se encontram no mesmo, eram minhas.

Um estalo se forma em minha mente, Millie sempre quis tudo que foi meu. Meus olhos se enchem de ódio ao descobrir algo que eu jamais percebi. Mesmo meus pais dando a ela tudo o que davam a mim,
Mill sempre dava um jeito de pegar o que era escolhido para mim.

Quando criança Millie chorava e eu com toda inocência de criança para não ver minha irmã chorando eu deixava ela pegar o meu, e depois na adolescência sua chantagem emocional, fazia com que eu lhe desse tudo que ela queria.

Como eu nunca percebi isso antes? Burra. Burra. Burra. Eu sou uma burra!

— Amiga, que susto — Millie leva a mão em seu coração, e me olha sorrindo — Já está de volta em casa? Que bom, eu senti sua falta! Finalmente está livre do caipira, vou investir nele.

Ela solta um risinho e eu continuo a olhando em silêncio, ela percebe que estou calada e suas sobrancelhas se enrugam um pouco, formando vincos em sua testa.

— Desculpe pegar seu casaco, estava procurando um vestido que dei falta em seu closet, pensei que poderia estar lá, então achei essa maravilha, eu não resisti e tive que experimentar.

Porque eu não me surpreendo em? Claro, é hábito ela se apaixonar por tudo que eu tenho.

N/a; olha que orgulho KKKKKKK

180 𝐃𝐚𝐲s, 𝖆.𝖌.Onde histórias criam vida. Descubra agora