X - Janelas Douradas

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-Por que me chamou de Bethany? – perguntei, tentando me apoiar nas paredes enquanto a máquina flutuava para cima – O que é isso?

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-Por que me chamou de Bethany? – perguntei, tentando me apoiar nas paredes enquanto a máquina flutuava para cima – O que é isso?

-Vocês têm elevadores na Europa, não?- ela perguntou curiosamente.

-Não assim – engoli em seco.

-Vai se acostumar em breve – ela sorriu, apertando os lábios enquanto o elevador parava e ela deslizava para fora – E chamei você de Bethany por que é seu nome. Não é?

-Sua mãe... Marise... Minha... Avó... Me chamou de Gwendeline o tempo todo – falei, andando atrás dela pelos corredores que passavam o metal escuro ao dourado.

-Não precisa se esforçar, é compreensível que não seja natural chama-la de avó ainda – ela sorriu – Minha amada mãe tem interesses para os quais apenas Gwendeline serve. Eu não.

-Quais os seus interesses? – perguntei, com meu coração acelerando, enquanto ela abria uma porta e fechava rapidamente, seguindo em frente.

-Então, Napho não contou a você como eu sou oportunista e interesseira? – ela ergueu uma sobrancelha, virando-se para me encarar sem parar de se mover. – Talvez apenas vaidosa e vazia, desta vez?

-Ele disse que era a mulher mais linda de todas – dei os ombros – E que deixou você no altar.

Uma tristeza tomou o rosto dela, quase uma imagem melancólica, uma pintura.

-Sim, e que dor de cabeça foi isso – ela deu um suspiro, me guiando para um grande quarto de metal dourado e almofadas brancas e macias – Sente-se onde quiser.

Ela esperou que eu entrasse no quarto, e eu observei enquanto o vestido dourado flutuava em volta dela, a saia encolhendo mais e mais e as mangas se enrolando em torno dos pulsos, até que sobrasse uma blusa dourada sobre calças brancas e uma mulher flutuando sobre o chão.

-Como... – olhei para os pés dela, a centímetros do piso brilhante. Ela sorriu, levantando um pé e colocando no chão e depois o outro, deixando dois pequenos blocos dourados flutuando sozinhos.

-Gosto de me considerar uma patrona das ciências – ela sorriu – San Francisco é um conjunto de partes emersas e ilhas. Flutuadores foram criados como uma tentativa de possibilitar que andássemos sobre a água. Não funcionaram bem para seu propósito, mas eu descobri que funcionavam perfeitamente bem em terra e comprei a tecnologia para mim.

Pisquei. Ela parecia mais humana e real agora, pensei, sentando em um dos sofazinhos.

-Você perguntou sobre os meus interesses – ela continuou, andando pelo quarto – Em primeiro lugar, as promessas que fiz a sua mãe. Garantir que fique segura, confortável e razoavelmente feliz.

-Essas promessas... – pisquei, engolindo em seco – É por isso que meu... Pai... O rei... Cedeu a você?

-Eu tinha apenas oito anos quando sua mãe morreu – ela suspirou, virando a pulseira com os dedos – Demoraria mais do que uma manhã para explicar os acordos que foram feitos ao longo dos anos após a morte dela.

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