O caminho de Nova York para Nova Orleans foi muito mais calmo e lento, principalmente comparadas as diferentes distâncias. Suspirei, descendo do barco com a minha mala e olhando sobre o ombro enquanto o navio parecia quase desaparecer. Engasguei.
-Precisa controlar suas expressões antes de chegar em San Francisco – falou Napho, enquanto eu o seguia. Ele deu um suspiro pesado – Se sua tia não estiver irritada por eu ter roubado a lancha dela, ela irá ficar por não devolve-la.
-Achei que fosse sua lancha, você disse que nomeou ela – franzi a testa.
-Não, eu disse um idiota apaixonado. Não que era eu – ele baixou a cabeça – Embora tenha sido um presente para ela.
-Não entendo – confessei, mas ele apenas sorriu acendendo a luz e revelando uma fileira de carros um ao lado do outro.
-Bem, isso facilita nosso trabalho – ele puxou as mangas para cima – Escolha um...
-O que? – pisquei para a infinidade de veículos empoeirados e com sinais de ferrugem – Está dizendo que esses carros andam?
-Bem, ele não estão nos seus melhores dias, mas são capazes de nos levar para casa – ele passou o dedo pelo capo empoeirado de um carro azul brilhante – E sem dúvidas vão chamar atenção na cidade.
-Nós queremos chamar atenção? – perguntei, mas ele já estava apontando para que eu entrasse no carro. Engoli em seco seguindo ele.
-Não se preocupe, o caminho é completamente seguro – ele pensou por um minuto, enquanto água jorrava nos vidros – Eu acho.
O primeiro dia de viagem foi quase inteiro silencioso, Napho forçou o carro ao seu máximo nas estradas desertas reclamando sobre o veículo ser "ultrapassado mesmo para os padrões Europeus". Dirigimos por dez horas até que, a meia noite, Napho decidiu que precisava parar de dormir. Já estávamos em movimento quando acordei oito horas mais tarde, e as olheiras sob os olhos dele revelavam que ele não havia dormido muito. Dirigimos por dezesseis horas antes de parar mais uma vez, e acordei quatro horas depois com o carro voltando a se mexer.
-Um carro de verdade faria isso em menos de um dia – Napho reclamou irritado – E eu nem precisaria ficar acordado enquanto isso.
Agora as estradas estavam movimentadas com máquinas que lembravam carros cruzando em nossa volta nas mais diversas direções.
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O Casamento Real - A Rainha da Beleza Livro III
RomantizmEnquanto mentiras reveladas parecem revestir o caminho de Bethany até o altar, como cacos de um espelho sob seus pés nus, ela se vê diante do momento de renunciar seu direito de sangue no império desconhecido do outro lado do oceano para aceitar a c...