Capítulo Extra II: O duque, o rei e o imperador

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CASA IMPERIAL, SAN FRANCISCO, TRÊS AMÉRICAS

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CASA IMPERIAL, SAN FRANCISCO, TRÊS AMÉRICAS

Ele a viu ficar vermelha – então roxa, então azul. A mãe dela tinha passado pelas mesmas cores antes de...

Não. Ele se levantou. Christopher, a sua direita, fez o mesmo, e por ser mais jovem e mais rápido, talvez por estar mais perto, talvez por não estar paralisado, chegou nela primeiro. Ele viu o filho a puxar da cadeira e a deitar no chão, pulsando as mãos contra o peito dela espaçadamente.

-Ela ainda tem pulso! – gritou o garoto – Mas não acho que ela vá...

-Guardas! – gritou sua mãe, de repente soando tão jovem e em pânico como no dia que o pai morreu – Chamem os médicos. Chamem Marise Washington. Chamem...

-Sua taça... – Lorenz falou ao lado dele. Não, ele lembrou a si mesmo. Loretta. Agora era Loretta. Não, não agora, fazia anos desde que o melhor amigo se tornara Loretta. – Acho que ela foi envenenada. Acho que tentaram envenena-lo também.

-O pulso está enfraquecendo! – grunhiu Christopher, antes de começar a fazer respiração boca a boca.

Margo se levantou, as joias ressoando, o levando de volta a infância – Ela não vai aguentar até trazerem o equipamento até aqui em cima – a mulher soava a beira de lágrimas – Deveríamos apenas deixar que ela...

-Não! – ele se ouviu rugir, e antes que entendesse o que estava acontecendo percebeu que estava com a garota no colo, correndo sala de jantar abaixo, chegando aos corredores.

Não vou perdê-la de novo, não de novo. O cérebro dele tilintava. Ele não teve tempo de perceber que estava falando em voz alta, correndo com ela pelos salões e corredores. Quem? Quem ele não perderia? Abella, que sempre estivera com ele amaldiçoando-o em seus pesadelos?

Não. Ela. O bebê. A garotinha, a mesma com que ele correrá assim vinte anos atrás. Ele sentiu-se perdido no tempo – carregava uma mulher adulta, mas seus olhos viam uma bebezinha. Fogos de artifício e um menina com menos de dois anos, menor que seu antebraço, que não conseguia respirar, uma mamadeira de leite a envenenara nos braços da mãe.

E agora uma taça de champanhe a envenenara na mesa dele.

-Vossa majes... – ele ouviu alguém falar quando chegou à ala médica. Ele não se importou, abrindo armários, derrubando drogas valiosas até colocar sua mão em uma das seringas e enfiar no braço dela. Então outra, no pescoço. E mais uma, perto do coração.

-FLORENCE! – alguém agarrou sua mão antes que ele lhe cravasse uma quarta seringa. Ele olhou para o lado, para a mulher velha de cabelos brancos. Quando Marise Washington ficará tão velha?

-Ela não consegue respirar - ela puxou o braço, fazendo a mulher tropeçar para trás – ELA NÃO CONSEGUE RESPIRAR!

-Ela está respirando – as palavras de Marise o atingiram quando a agulha estava a centímetros da pele da garota – Vossa majestade, ela está respirando. Sua filha está respirando.

O Casamento Real - A Rainha da Beleza Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora