XI - Sob Juramento

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-Boa noite mamãe! – Cordelle cantarolou em um falso tom despreocupado – Como foi seu dia?

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-Boa noite mamãe! – Cordelle cantarolou em um falso tom despreocupado – Como foi seu dia?

-Foi um dia estressante, Cordelle – ela falou duramente – Principalmente por que minha filha parece ter decidido manter minha neta longe de mim.

-Sabe que posso protegê-la melhor do que você pode – Cordelle falou em um tom ressentido. Observei, curiosa, como o vestido se Cordelle se parecia com o da minha avó, igual em corte, porém sem a gola alta e as mangas longas. Me perguntei se era intencional. – E ela precisava de espaço para descansar.

Marise deu um suspiro, olhando para mim – De fato, ela parece melhor. – ela sorriu – Sente-se onde quiser Gwendeline querida.

-Eu... – engoli em seco, tentando escolher um lugar nem muito próximo nem muito distante na mesa circular – Sinto muito por ter tido que esperar – gaguejei, sentando com duas cadeiras de distância dela – Não queria se aborrecesse. Ainda mais na sua condição, eu...

-Minha condição? – ela me perguntou, intrigada.

-Napho... O embaixador Ing... Napoleon – me corrigi nervosa, ainda apegada aos hábitos antigos – Ele me disse que estava doente.

-Não imagino por que ele tenha lhe dito isso, mas foi apenas um resfriado. Washington, nosso estado, é chuvoso e bastante frio às vezes.– ela garantiu - Mas não falemos de mim, Gwendeline. Falemos de você, como se sente?

Engoli em seco, tentando evitar as lágrimas que começavam a se formar – Eu... Não sei – menti, para ela e para mim mesma – É tudo muito diferente. Muito confuso.

-Nem todos somos tão excêntricos quanto a sua tia – garantiu Marise, olhando para a filha que parecia bastante entretida com uma daquelas telas de vidro se enchendo de palavras e imagens – E depois de amanhã, seu pai será obrigado a reconhecê-la como a legitima herdeira do trono.

Demorei um pouco para entender o que ela acabara de falar – O que?

-Eu vi quando o pequeno príncipe francês anunciou você como noiva dele –ela falou, conspiratoriamente, enquanto vão abriam na mesa e os pratos eram erguidos para cima. Eu teria perguntado mais sobre aquilo, se ela não continuasse falando – Eu ouvi você e soube que seria uma rainha melhor do que seu irmão poderia ser em um milênio inteiro.

-Não. Eu não vim roubar o trono de Christopher – apertei os braços da cadeira – Ele se preparou a vida inteira para isso. Eu não quero um trono, eu não quero que ele me odeie. Eu só quero uma família!

-Não seja tola Gwendeline, estava pronta para ser uma rainha do outro lado do oceano, por que não ser uma rainha aqui? – grunhiu ela furiosa – Afinal, por que acha que tive todo esse trabalho de encontra-la? De trazer você até aqui?

-Mamãe... – Cordelle advertiu atrás de uma taça de líquido prateado, mas Marise continuou.

-Eu... – estremeci contra as palavra dela, assustada.

O Casamento Real - A Rainha da Beleza Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora