A Chave.

Capítulo 11 - Êxtase.

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𝐄xtasiado, o peito encontra-se disparado, por demasiadamente te amar e procurar. Um raio caiu, impactando, destruindo toda sombra e incerteza, as dilacerando; pudera entender? Tu fora o raio que descera e atingira certeiramente meu coração, deixando-me livre dos confins da desolação, incerteza e mornidão, pois aos átrios desta prudente paixão, digo-lhe, que em demasia, imaginar um futuro entre nós é meu ponto de calmaria. Um ponto de paz, um lar que verdadeiramente me satisfaz. O teu jeito de falar me atrai, e posso dizer que meu peito não me trai, pois quando lhe vê, dispara, quando lhe ouve, o ampara, e toda ferida quando lhe abraço, sara.

Em incontáveis palavras tenho o poder de lhe dizer, tudo que no peito reverbera e deseja fazer acontecer. Sem lástimas, sem lágrimas, sem depreciações, sem declamações, a ti declamo esta poesia, a poesia verdadeira feita a quem amo. Tu és aquela que diante das adversidades sempre demonstrara-se ser uma guerreira, ajudando-me na minha peleja, mesmo sem pedir que me proteja, você sempre esteve comigo, me protegendo de parte do perigo, e isso me livrou de ficar aflito, pois sabia que poderia por ti ser acudido. Tu fora a pessoa mais marcante em meu ser, desde meu alvorecer, até o anoitecer. Em meu seio tu tens um lar, caso queira entrar, tem lugar para morar. Nos teus traços encontro alegria, na tua voz, a calmaria, na tua presença, a epifania e a euforia. Com teu abraço, o corpo dispara, a alma relaxa, e a mente aparenta finalmente ter encontrado um lugar para se reabastecer e continuar a caminhada. Sob teu olhar, que destoa como brilhantes pérolas negras, digo-lhe, desejo me submergir em teu foco, e isto quero logo. Na tua alegria, nas curvas de teu sorriso, em teus lábios rosados, encontro o que a eras venho buscado; verdadeiramente proclamo, que és a que sempre quis ao lado, não importa o que tenho passado ou o que vem me angustiado, tu és a flor que muito busquei, a flor que de longe vi crescer e amadurecer. É a única que predomina em meu coração, não importa quantas surgirão, nada cala esta reta paixão.

Para mim, tu fostes sinônimos que usei para dissertar cada poesia, e com base em ti, escrevi cada linha, e se for ver, há mais nas entrelinhas. Escrevo cada capítulo como uma cartinha, e cada rejeição vira uma estrelinha, que te acompanha, doce lua. Já te disse? Tu és semelhante a lua, teu brilho sedutor me cativa, e esta é a verdade nua e crua. Sou fascinado por ti, faço qualquer coisa para te ver, e quando não vejo, o peito aperta e parece que irei enlouquecer. Nestes momentos dá vontade de lhe esquecer e prosseguir, mas nunca consegui. Você é a qual manda e desmanda em meu seio, é a qual se mandar eu ler um livro, eu leio; mas o quero dizer é, eu te amo, por ti clamo, por ti oro, pois para mim, teu amor vale mais que ouro, se eu o tivesse, seria meu maior tesouro, como a quarta folha do trevo, meu bom-agrouro.