Capítulo 04 - Obstáculos.

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   𝐂á estamos nós novamente, nesse frequente verbete, onde nem tudo que nos afronta está na nossa frente. Coisas estranhas vem de ocorrer, e dessas coisas eu somente tento correr. Não quero perder a minha chave novamente, quero ela comigo para todo o sempre, meu coração ainda está aberto, ainda arde, ainda dói, ainda pula e ainda sofre; eu estou vivo. Não morto como outrora, quando eu encontrei os meus obstáculos naquela hora. Pessoas que serviram de obstáculos, isso sim ocorreu, pareciam até polvos com seus tentáculos tentando me agarrar e consequentemente tentando me desviar.

   Meu foco é certo, busco a portadora da minha chave ao máximo que posso, ela é a minha salvação, àquela pessoa que me retirou dos mares da frustração e solidão, àquela que reviveu a brasa ardente em meu coração, onde tudo se agita com grande emoção. Sou um pequenino apaixonado, onde pensa que tudo pode deslizar e dar errado, mas dessa forma não me deixo ser retratado, essa é a minha história, onde dito o que provavelmente conseguirei fazer.

   Meu maior desejo, aos poucos, tornara-se estar exclusivamente com a minha outra metade, a portadora de minha chave, àquela que eu posso simplesmente amar sem temer ou toscanejar. Os caminhos são diretos aos objetivos, esses são os que realmente trilho, mas os obstáculos vieram, e disso eu estava ciente desde que a encontrei, sabia que para chegar na verdadeira porta, havia de passar por inúmeras outras. Problemas iriam vir, haviam provas em que eu iria sorrir, em outras refletir... Essas provas eram nada menos que pessoas que passaram por minha vida, e de certa forma, deixaram uma marca dolorida. Acostumar-se com elas não foi fácil, a superar esses laços estava eu, àquele virou meu espaço; mas dentre os laços, somente um ficou marcado e manchado, este não era nada menos que o laço que me ligava a minha portadora. Nunca pude a esquecer, mas por ela sempre herdei de enlouquecer. Fora a razão de meus surtos constantes, os delírios amantes, os pensamentos relutantes. Somente mais um louco apaixonado, era eu que vivia emburrado. Moribundo aos cantos desde meus piores momentos, estive somente eu pensando nesses adventos; apaixonava-me a cada vez mais sem sequer algo falar, conhecia-a sem ao menos algo indagar. Em meu peito ainda restava algo a lapidar, esse era o coração que agora há de falar. De toda a forma de amar, estou eu a estudar, e logo mais eu mesmo quero falar: "Do teu lado é meu lugar". Sou um homem tolo, inocentemente bobo. Quero sair por aí, gritar e anunciar sobre a pessoa que estou posto a amar. Me diga. Isso é tão errado?

   — Virei completamente dependente daquela pessoa. Não consigo mais viver sem sequer a procurar ou falar. Virou uma necessidade saber dela todos os dias, onde eu estou sempre a me pôr em fantasias, onde estou eu abraçado com ela nos momentos de alegria, celebrando até as nostalgias... Ela é meu porto seguro interno, onde mesmo não sendo meu cônjuge, ainda sim, ela detém o posto. Esta pessoa é meu paraíso, não sei aonde estaria eu sem a fagulha que sinto por ela. Tanto com ela falo, que tenho certeza de que quero um compromisso, sei que esse é algo do meu fundo emotivo, mas para isso eu não preciso nem apresentar muitos motivos. Eu a desejo cada vez mais, de sua boca quero provar, em seus lábios rosados me entregar. Em meu emotivo há de predominar! Não preciso nem sucumbir ao teu reinar, pois somente ao teu lado quero eu estar. Alegrar-me é algo simples, mas cativar, pelo contrário, é algo complicado, mas tu fez isso sem sequer tentar e por conta disso a anos eu estou a chorar. Queria estar ao teu lado, mas aí tu aparenta não me querer, essa é a razão do meu sofrer... Quero tua mão, quero sentir o seu calor, e que em meus olhos não transpareça a dor, e sim o amor...

   Os obstáculos nem sempre são pessoas, as vezes nos mesmos somos nossos obstáculos, mas a julgar pelo lado desse imundo escritor, esses dois juntos hão de contra ele conspirar, onde o único resultado certo é as lágrimas que em seu rosto vem molhar, e em seu coração agonizar. Pessoas marcaram presença e foram "chutadas" para fora desse coração sofredor. Nada mais entra se não àquele amor, nada mais quero, somente àquilo espero. E nessa breve sonata digo eu, sem nenhum lamento meu, quero-a ao meu lado, ó minha dona, e minha salvadora.

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