Capítulo 01 - Florescer.

178 16 5
                                    

   𝐓u abriu meu coração, naquele momento então, a ti eu me rendi. A mais bela entre as flores, àquela que melhor floresceu e se destacou entre os demais. Àquela que dentre o entenebrecido abraço das trevas, realçou-se com fervor em um límpido explendor. Tu fostes a pessoa que fez ser quem sou, de uns anos para cá, meu coração tu tomou. Sinto atualmente que tu és minha dona, por portar a chave que abre a porta de meu coração para eu sentir a emoção que é um dia poder tocar sua mão. O peito aperta em determinados momentos que lembro que não está comigo, minha bela flor, aonde tu andas? Quero-te comigo a todo tempo. Pessoas vão e vem, mas tu, quero eu sem desdém. Abandonar, nunca. Me render, jamais. Quero alguém para me apoiar física e emocionante, mesmo que signifique uma queda dolorosa caso o caminho seja calejado por pedras... Queria alguém para me ajudar. Meu peito aperta parece que eu vou infartar. Meu amor, aonde tu andas? Voltei naquela mata aonde tu floresceu, e também pegou a chave do meu coração e tomou como seu. Ah... Parece que irei infartar. De ti eu quero me fartar, mas de nada irá adiantar sem tu a me acompanhar.

   Não quero perder a fagulha de chamas que no meu peito há de reinar, mas o que posso fazer se tu me faltar. Minha chama é intensa, mas tudo tem seu fim pensa. Tu entrou no meu coração sem sequer pedir licença, agora tu sai e nem se distrai com minha presença. Isso dói. Calejado está meu coração quebrado, que taciturno esteve nos momentos falados. O que fiz de minha vida? Tornei-me dependente a esse ponto? O que faço para ter retorno? O que faço se isso se tornar morno? Ah... Minha mente está um caos. Só vejo sentimentos maus, iguais a outrora, aonde sofri nas mãos daqueles que mais considerei amigos, e que senti que sempre confiaria, mas não tinha certeza que meu coração feriria. Hoje estou parcialmente vazio. Sou uma mera carcaça vazia, onde um ser vivido dormia. Não vejo beleza em pessoas, exceto ela. Não vejo a essência boa nas pessoas, exceto ela.

   Tornei-me abruptamente dependente dela, e somente ela. Onde meus olhos despontam, eles imaginam àquela moça. Aonde eu estou, logo me vem ao coração que ela era o que restou... Estou perdido em meu labirinto. Não consigo mais, dela eu sou faminto. Quero o afeto, quero o afago, quero o calor, quero o pudor. Cadê aquela flor em meus átrios? Já a escuridão consome, eu quero a luz dela para a consumir e a minha também. Minha caminhada eu quero traçar ao lado dela juntamente, compartilhar as dificuldades e as tristezas, na saúde ou na doença. Parece votos de casamento, mas isso é o que escrevo nesse relento... Afinal. Sou mais um mero pequenino nesse mundo de gigantes, de crescimento constante, onde eu sou relutante. Sou um dos últimos amantes, onde acredita que o amor ainda vive, e dele não foge ou teme... Ai. Não consigo mais me conter, muito preciso eu viver.

A Chave.Onde histórias criam vida. Descubra agora