𝙫𝙞𝙣𝙘𝙚𝙣𝙩 𝙘𝙤𝙡𝙚 Ⅰ ❝ Talvez machuque.
Mas sempre machuca, o amor é assim, é uma rosa, e as mais bonitas tem espinhos. Eu era os espinhos do amor de Violet, mas ela foi perfeita e colocou suas lindas luvas. E eu a amo por isso, por esperar e m...
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Eu nem lembro de ter falado com meu pai no caminho de volta para casa, nossa residência estava iluminada, apenas os funcionários rondando pelo local e preparando nosso jantar imagino.
Mas eu perdi a fome depois daquilo, e também comi muito na festa. Eu só queria dormir, descansar e fingir que essa noite nunca aconteceu.
Eu nunca me permitiria agradecer ao príncipe por me proteger dali, sim, ele me salvou daqueles dois. Mas não por mim, por ele óbvio, apenas com sede de sangue dos Nulak. Apenas
Eu não tinha obrigação alguma de agradecer a ele. Nenhuma mesmo.
Apesar de ainda tenso, eu senti que meu pai estava estranho. Chegou em casa meio desnorteado, e pediu para que os funcionários arrumassem a sala de estar, eu escutei um pouco do pedido dele antes de subir as escadas.
" Prepare o melhor do café, deixem a sala cheirosa e um brinco, coloquem vinho em duas taças e se retirem do local "
Ele iria receber quem? A essa hora da noite? Será que meu pai estava namorando? Se envolvendo finalmente com alguém?
Eu esperava que sim... Já estava na hora dele esquecer minha mãe, mãe... se é que ela merecia esse título
—Senhorita—Marta me fez uma referência graciosa quando entrei em meu quarto, iluminado pelas estrelas e pelo abajur ligado ao lado da cama.
Eu acendi o lustre e sorri para a luz que se juntou as outras.
—Marta, me diga, sabe se meu pai convidou alguém ontem ou hoje cedo?—Perguntei a ela, sentei em minha cama e tirei meus sapatos, a tiara em minha cabeça e minhas luvas.
—Eu não sei Senhorita, perdão —disse ela, vindo até mim e soltando a cordinha de meu vestido
—Hoje o castelo foi atacado - contei, levantando da cama e indo até a porta do banheiro —Acredita que eles novamente só tentaram machucar os membros da realeza? E uns dois deles tentaram me levar!
— Que horror! —ela tirou meu vestido do chão, e eu passei pela porta do banheiro, sorrindo pela banheira cheia e as lavandas perfumando a água —E você se machucou?
—Por sorte não, o príncipe me... tirou de lá —falei, contando a Marta já que ela não riria de mim
Ela me olhou arregalada, e eu desviei o olhar para água, tirei minhas roupas íntimas e entrei de vez na banheira. Relaxando meu corpo e o que sobrou de meu bom humor depois de hoje
—Qual deles? —ela perguntou baixinho, como se tivesse medo que alguém escutasse sua curiosidade
—Infelizmente, o mais velho —eu suspirei, e em seguida passei o sabonete pelas minhas pernas, meus braços e meu pescoço —Infelizmente
