𝙫𝙞𝙣𝙘𝙚𝙣𝙩 𝙘𝙤𝙡𝙚 Ⅰ ❝ Talvez machuque.
Mas sempre machuca, o amor é assim, é uma rosa, e as mais bonitas tem espinhos. Eu era os espinhos do amor de Violet, mas ela foi perfeita e colocou suas lindas luvas. E eu a amo por isso, por esperar e m...
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- Ei, te procurei pelo castelo todo - eu entro no labirinto do jardim, encontro Violet lendo debaixo de uma árvore por cima de um pano amarelo.
Está escuro, frio. E amanhã é o grande dia.
- Perdi o sono, não consegui ir ao quarto - ela responde quando me aproximo.
Encaro ela ali, o cabelo preso a um coque e uma camisola longa de seda fina assim como as alças.
- Se quiser ficar sozinha... - coço a nuca nervoso.
Ela ri fraquinho.
- Vem, quero você aqui comigo - ela segura minha mão e me puxa para deitar ao seu lado. Tem três almofadas ali, eu deito minha cabeça em uma e encaro Violet
- Eu não te contei mas, Naomi está aqui castelo. - Ela colocou o livro de lado, desencostou as costas do tronco da árvore e deitou em meu peito - Ela vai amanhã não se preocupa, eu só deixei ela ficar pois-
Violet colocou seu dedo e me interrompeu de falar. Eu me calei
- Você foi ótimo. Não se preocupe - sussurrou ela, bem baixinho e se acomodando em meu peito, se aquecendo do frio.
- Vocês se viram, né? - suspirei, com medo de que...
- Agimos como duas damas sensatas, eu acho - ela diz baixinho.
Eu sorri supreso, envolvi meus braços em volta de seu pescoço e beijei sua cabeça.
- Você é magnífica Violet. - Sussurro, querendo que ela escute isso.
Ela levanta a cabeça e me olha. Seus olhos brilham e parecem marejados de água.
- E você é uma pessoa incrível. Adoro te ver agindo como o Rei sábio que nasceu pra ser - ela sussurra, os lábios tão próximos que não seguro a tentação e beijo de leve, me afastei e sorri
- Algo errado? - pergunto quando seu sorriso saí um pouco.
Ela brinca com os dedos em minha correntinha, sinal de que está pensativa.
- Posso fazer uma pergunta?
Eu segurei seu rosto com as duas mãos, ela estava agora deitada em cima de mim.
- Claro que pode meu tesourinho, tudo que quiser.
Ela me olha, seus dedos ainda mexem na minha corrente.
- Me acha medrosa por querer evitar meus pais? Não ter coragem de querer procurar sobre o que eles escondem sozinha? - perguntou ela, a voz baixa e fraca
