Hello! Então, não quero delongar muito, apenas vim dizer que, abaixo alguns sonetos de Shakespeare serão citados. Boa leitura 😳
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."Tempo voraz, ao leão cegas as garras
E à terra fazes devorar seus genes;
Ao tigre as presas hórridas desgarras
E ardes no próprio sangue a eterna fênix. Pelo caminho vão teus pés ligeiros
Alegres, tristes estações deixando;
Impões-te ao mundo e aos gozos passageiros, mas proíbo-te um crime mais nefando: De meu amor não vinques o semblante. Nem nele imprimas o teu traço duro. Oh! Permite que intacto siga avante. Como padrão do belo no futuro. Ou antes, velho Tempo, sê perverso: Pois jovem sempre há-de o manter meu verso."
As palavras saíam docemente dos lábios aparentemente macios. Era como se o pecado torna-se real, e em inúmeros segundos se tornasse algo tão inebriante e provocante. Oh, doce pecado, sois eu o pecador ou o pecado que me fascina tanto? As sentenças do belo soneto do dramaturgo sendo despojadas graciosamente pelos lábios pálidos, mas com uma chama vívida que, apenas os olhos oceânicos podiam queimar ao ver o brilhar do néctar dos olhos alheios. O discreto vento farfalhava as cortinas na janela, como ondas esbranquiçadas flutuando sobre aquela biblioteca vazia; ou melhor, habitada pelo motivo de insônia de Tartaglia e o próprio. As orbes claras como duas safiras que, secavam ligeiramente o brilho amarelado dos olhos de topázio.
Tartaglia já não podia negar; olhe para esta imagem divina, banhada pela luz do sol como se fosse esculpida por algum tipo de imortal. Como se a própria Vênus tivesse abençoado a terra com um de seus filhos. Ou como uma canção de Beethoven, Orpheus!
Tartaglia não poderia deixar de pensar nas inúmeras histórias e estudos que o tal que roubou seu coração cruelmente, vivia a lhe contar. Ou como agora, que recitava os versos de Shakespeare com um certo brilho no olhar. O ruivo, não era de se saber sobre essas coisas, realmente, não o interessavam muito. Mas agora, ele não tinha mais tanta essa certeza. Nesse momento, ele não podia deixar de se lembrar de como Romeu era perdidamente apaixonado por Julieta. Childe sentiu que assim como o personagem do Bardo, ele também teria um fim por se apaixonar por alguém como Zhongli.
Ah, não é como se ele tivesse descoberto isso á tanto tempo, faziam apenas algumas semanas. Bem, desde que ele percebeu, ele mal sabe quando começou a enfrentar aqueles fios como terra que saltavam no ar que, certamente ganharam um encanto muito maior com a presença de Morax.
Como um cachorro abandonado na chuva, o ruivo deixou sua cabeleireira descansar de lado na mesa. Desarrumado, mas com seu toque de ousadia e molecagem diária. Seus olhos ainda como o lago de Sidra, como a água que poderia afundar qualquer bote, e que estava vaporizando com o calor emanado dos olhos brilhantes que mantiam o foco no livro velho. Um sorrisinho bobo se espalhou por seu rosto. Ele odiava! Ele odiava quando aquele sorriso intrometido e completamente alheio assumia o controle. Já começava a sentir que era um bufão. Foda-se, foda-se os sentimentos!
Foi a segunda colisão mental de Tartaglia; Negação. Onde alguém como Childe poderia ficar perambulando por aí com um sorriso de cachorro apaixonado atrás de um homem? Ele se sentia tão mal, tão bem ao mesmo tempo. Isso o irritava, mas o deixava demasiado feliz.
Seus pensamentos eram como tempestade, e sua pobre mente como um barco com a vela rasgada. Era como um pirata só, sem sua tripulação, mergulhado na tempestade que nunca o deixaria em paz. Ele estava entorpecido pelos pensamentos, e obviamente, nem percebeu a figura responsável de seus devaneios se aproximar, ainda com os olhos sobre as frases longas do livro.
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Poèmes pour deux coeurs (Zhongli x Childe)
Fanfiction"Ás vezes brilha o Sol em demasia Outras vezes desmaia com frieza; O que é belo declina num só dia, Na terna mutação da natureza." (Zhonchi/ chili)