Capítulo 150

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O que aconteceu depois?

Meio dia Rafael respondeu:
"Não imaginava isso.
Bom, que você iria falar isso."

Perguntou o por que mandei mensagem do nada e mudou de assunto.

Sobre o contatinho da minha mãe, vulgo amigo do Danilo... ele disse pra minha mãe que estava afim de mim e minha mãe disse que não queria mais papo com ele.

Dia 13, foi o aniversário da minha mãe... não fizemos festa então fica só como detalhe.

Acharam que estava tudo bem e decidiram que iam voltar as aulas.
As aulas voltaram dia 22 de Fevereiro.
Fomos eu e a Tália apenas.
Eu voltei morta de cansada, pois pra quem estava acostumada a dormir e acordar tarde, eu estava acabada de sono!

As 20 horas a minha mãe mandou mensagem pro amigo do Ricardo pois ela queria um F (pó).
Aproveitei e pedi pra ele trazer maconha pra mim.

O Ricardo iria vim junto com o amigo dele, e eu falei pra minha mãe "Vou fumar, inventar uma desculpa e vou dormir"

Eu estava cansada demais pra qualquer coisa!

Os meninos chegaram e a minha mãe me deixou sozinha com o Ricardo no quarto!
Fumei o baseado e tive que dividir com ele...

Deitei e ja deixei claro que não ia fazer nada pois estava cansada e tinha que levantar cedo!

Mas ai ele ficou enchendo o caralho do meu saco, com umas mãos bobas, uns beijos no pescoço. E decidi ir pra luta, se eu desse uma rápida dava pra dormir em paz!

O menino enrolou meia hora pra por a camisinha, eu ja tinha até desistido...

Mas enfim, não tinha mais como falar que não!
Ele veio deitou por cima de mim, e colocou...
Eu estava a um tempinho sem fazer, o que significa que DOEU.

Mas não foi uma dor de prazer, e nem aquelas dores que da e passa.
A dor permaneceu... porém, ele estava segurando as minhas mãos, segurando a minha boca com a dele e ainda estava por cima de mim.

Naquele momento eu entrei em pânico, eu não podia usar as mãos, nem falar e ele obviamente era mais forte que eu.
A dor foi aumentando, e eu só conseguia chorar, e pedir mentalmente pra que ele parasse logo com aquilo!

Quando finalmente consegui soltar minha boca da dele eu pedi pra que ele parasse, mas ele continuou e disse "Só mais um pouco".

(Gente, por favor quando uma mulher pedir pra parar por mais incrível que esteja a sensação PARA na hora.)

Quando ele finalmente parou, eu corri pro banheiro e liguei o chuveiro. Eu estava com nojo dele, de mim, só consgui sentar e chorar e não consigo lembrar quanto tempo eu fiquei no chuveiro.
Foi horrível, e pior ainda... ele não ia embora aquela hora!

Ele pediu pra ir tomar banho e foi.
Mandei mensagem pra Dyandra, pra Isadora e pra Helena.
Eu precisava de ajuda, conselho, um abraço sei la do que que eu precisava!

E eu agradeço muito por elas estarem la, naquela hora e naquele momento.

Mas não acabou alí. Ricardo saiu do banho e deitou comigo o que me deixou desconfortável.

Eram quase 3 horas da manhã, eu só conseguia chorar!

Eu tinha que acordar as 7 horas pra ir pra escola.

As 5 horas ele acordou, e eu ainda nem tinha dormido.

Ele disse "acho que vou embora". Assim que ele saiu, minha mãe subiu e disse que o amigo dele foi embora 3 horas da manhã!

Eu fiquei mais puta ainda, por que ele não chamou o Ricardo!!!!
E a minha mãe olhou pra mim e disse - Você não vai pra escola hoje né?

- claro que vou.

As 6 horas eu consegui pegar no sono, e as 7 o despertador tocou.

Tomei meu banho, me arrumei e fui pra escola.
Ninguém percebeu nada, pois eu sempre soube finjir muito bem.

O fato de saber que eu tinha sido abusada, e não ter feito nada a respeito me deixou com a cabeça perturbada. E em um momento descuidado, acabei discutindo com a minha mãe por motivos bestas... o que serviu de gatilho pra mais uma recaída pra Depressão.

Peguei a lâmina de um apontador, me tranquei no banheiro, e tudo ficou preto... quando abri os olhos vi que tinha feito merda!

Eu fiz cortes tão fundos que não paravam de sangrar de jeito nenhum!

Fiquei desesperada sem saber o que fazer...

Dei meus jeitinhos, e fui cuidando da cicatriz!

O que alivia o depressivo que se mutila, não é fazer o corte.
É ter outra coisa pra pensar...
Meus únicos pensamentos eram "como vou esconder isso hoje?"

E foi assim por um longo tempo.

Até os meus 18 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora