Capítulo 62

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Vou contar agora uma história que ninguém sabe, nunca contei a alguém por medo e insegurança.

No dia 25 mesmo, depois que os meninos foram embora, eu ja estava triste pelo Danilo e tal.

O Geovane me mandou as fotos que tiramos e algumas mensagens.

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                  Geovane

G - Aí Sofiah?

- Eu?

- Nada não era só pra encher o saco!

- Meu Deus.

- Aí já faz um cafézinho pra nós amanhã cedo pode pa?

- Não tem como fazer café, e eu não sei fazer café...

- Nossa mano, sério?

- Sirvo nem pra fazer miojo, imagina fazer café!

- A Mano, cê tá brincando comigo né?

- To não.

- Caramba

- Sirvo pra nada!

- Serve sim...

- Pra que?

- Amanhã a gente vê!

- Então ta.

- Umas 6 horas vou ai, ou 6:30.

-  Okay.

- E se eu chamar aí e você estiver dormindo?

- Vou estar acordada

- Vai tá mesmo?

- Sim vou!

- Tá bom então.
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Eu fui ingênua o suficiente para não entender as intenções dele!

As 4 da manhã o Diogo me chamou, falou que estava chateado. O que foi que me deixou mais triste ainda.

Quando deu seis e meia, o Geovane chamou no portão, eu abri, ele entrou, guardou a bicicleta dele dentro da garagem. E entramos pra dentro!

E sinceramente naquela hora eu queria apenas chorar, precisava apenas de um abraço, desabafar! Mas o Geovane não... a gente subiu pro quarto pra "conversar"!

E ele me beijou, me lembro que tinha gosto de café!
De la ele me levou até a cama, e se debruçou sobre mim, e eu tipo "gente?".

Ele repetiu várias vezes pra mim tirar o short, e depois que entendi o que ele queria, até iria fazer para agradar ele! Mas eu não consegui, quando me vi estava em cima dele (com roupa ainda), com ele quase me forçando a tirar. Mas falei não, repetidamente, até que ele desistiu, e decidiu ir embora. Levei ele no portão, ele se despediu e foi embora!

Assim que ele foi embora, eu desabei, chorei. Entrei pra tomar banho, e enquanto a água caia eu chorava, e quanto mais eu chorava mais ar me faltava, e ali foi a minha primeira crise de ansiedade.
Quando olhei pro chão, vi a minha lâmina do apontador que havia perdido à algum tempo, e eu usei ela de novo naquele dia, eu chorei tanto, me arrependi tanto, magoei todo mundo ao meu redor e eu acabei me magoando junto, eu tive nojo de mim mesma!

E eu não tive coragem de contar essa história pra ninguém com medo das pessoas falarem "se não tivesse dado liberdade". Eu realmente dei uma certa liberdade, e me senti culpada por isso! Passei muito tempo achando que não existia maldade em algumas pessoas.

Se lembram do Rafael né?

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                   Rafael

R - Tá triste mesmo hem ksks

- Por quê?

- estava vendo seus status ksks

- Ah ta.

- Ta bem?

- Não, mais gosto de achar que sim e você?

- Por que não?

- Quer mesmo saber?

- Sim!

- Bom, minha mãe não gosta dos meus amigos, meu amigo quase abusou de mim, e mais uma vez magoei alguém que amo!

- Caraí
sua vida ta uma merda.

- É eu sei.

- hei sua mãe ainda me odeia?

- Não.

- Que bom.
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Por esse tipo de reação que nunca falei pra ninguém.
Neste dia, eu quase tive coragem de cometer o meu suicidio.

Depois que o Diogo me desculpou eu fiquei mais tranquila...

   No final do dia o Geovane me pediu desculpas por tudo e até perguntou se estava tudo bem e eu simplesmente disse que estava tudo bem!

Até os meus 18 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora