20.

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LOUIS

— EU QUERO A PORRA DESSE QUARTO AGORA! — E eu grito mesmo com a enfermeira na minha frente, virando o rosto e vendo a S/n sentada em uma cadeira de rodas, tentando respirar o mais fundo possível. — SADIE É PRA DEIXAR ELA MAIS CALMA, NÃO NERVOSA ENQUANTO APERTA ELA. — E grito com ela porque ao invés de deixar a S/a mais tranquila, ela simplesmente fica mais nervosa ainda, porra.

— Louis, está doendo demais! — Ela fala colocando a mão na enorme barriga, me fazendo olhar para esses funcionários de merda que só olham papéis e fazem ligações.

— Quer saber, que se fodam vocês. — Eu falo me virando e segurando a cadeira de rodas com a S/n, começando a empurrar ela.

— Senhor, você não pode passar para o...

— Vai tomar no meio do teu cu. — Eu falo puto da vida, caminhando com pressa e pelas placas, procurando a área da maternidade.

A Maeve inventou de chegar uma semana antes, isso que a médica já tinha dito que era possível algo assim acontecer.

— Eu vou procurar algum quarto vazio. — A amiga dela diz já começando a correr na nossa frente, abrindo porta de quarto a quarto sem nem se preocupar caso tivesse alguém dentro. — ACHEI! — Ela grita já entrando e eu não consigo caminhar mais rápido. Fazem 4 dias que eu to andando sem a muleta, mas porra, dói pra caralho ainda quando piso no chão, ainda mais aqui empurrando ela.

Quando entramos no quarto eu ajudava ela a se levantar e sentar na cama.

Meu celular começa a tocar e eu vejo que são os meninos, mas eu só jogo o celular pra Sadie responder.

— Alô? — Ela fala saindo do quarto ao mesmo tempo que a S/n fecha os olhos nervosa e com dor.

A gente demorou ainda mais tempo pra chegar aqui porque eu tive que mandar um dos seguranças dirigir a gente até aqui, o que levou a merda de mais tempo do que deveria.

— Ligou para a DeLuca? Eu não vou ter esse bebê sem ela aqui! — Ela fala segurando os lençóis da cama e vejo que a Sadie já entra com mais dois enfermeiros, os mesmos que provavelmente ajudariam a S/a a se vestir e preparar.

— Eu vou ligar para ela, certo? — E ela concorda, então pego o celular com a Sadie e vou até o corredor, só então sentindo que to conseguindo respirar direito e com muito mais calma, de uma maneira mais tranquila. — Porra. — Eu mordo o lábio nervoso, sabendo que a minha mãe vai ta puta por não estar aqui hoje, ainda mais que ela falou que queria estar na sala com a S/n.

— Alô? — Ouço a sua voz e eu tento não gritar ou ser estúpido, sabendo que a vida da minha noiva e da minha filha vão estar nas mãos dela.

— A gente tá no hospital, a bolsa estourou e...

— Certo, estou à caminho. — Ela fala sem eu precisar explicar mais nada. — Em Credit Valley?

— Sim, ela tá com contrações e ta cada vez aumentando.

— Eu vou chegar ai em no máximo 5 minutos. — E com isso eu concordo, desligando a ligação e colocando o telefone no bolso.

— Certo, ela está a caminho. — Falo entrando no quarto e a todo custo tentando parecer calmo, vendo que a Sadie ajuda a deitar ela na cama.

— O Pay já está vindo também. Eu dei o número do quarto e..

— Já nasceu minha afilhada? — O Timothée entra correndo no quarto e eu rolo os olhos, vendo os meninos atrás dele.

— Não são permitidas tantas pessoas assim no quarto de uma só vez. — E o Finn tira uma nota de 100 do bolso, dando para o enfermeiro que se faz de sonso após pegar e sai do quarto, como se não tivesse visto nada.

chains 𝙩𝙬𝙤 | louis pWhere stories live. Discover now