Capítulo 13

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LUCAS SAMPAIO

Depois do reencontro inesperado com Paula, eu fiz tudo no automático. Entrei no restaurante, pedi um jantar pra três e fui para minha casa. Eu não conseguia pensar, minha cabeça latejava forte. No caminho pra casa tentei a todo custo pensar no que havia acontecido há pouco. “Paula simplesmente brotou na minha frente, depois de anos, me tratou com indiferença e ainda debochou da minha cara. Eu via ódio, rancor, tristeza e magoa em seus olhos, mas não compreendia o porquê, pois foi ela quem desapareceu me deixando”. 

Eu estava pouco mais de cinco minutos dentro do carro na minha garagem. De olhos fechados, com a imagem de Paula em minha cabeça. Ela estava diferente, mas mantinha a mesma beleza do passado. Aqueles olhos que tanto me atormentaram durante anos, estavam de volta. Só que agora, não era mais em meus sonhos, era real. Quando meus olhos bateram nela, de imediato eu quis abraça-la, beija-la e ama-la. E quando meu corpo tocou o dela, todo o ódio que eu senti por ela ter me abandonado sumiu, eu simplesmente queria toma-la para mim. Queria acabar com cada centímetro de distância e tê-la em meus braços.

Despertei dos meus pensamentos e desci do carro indo pra dentro de casa. Assim que entrei avistei Rebeca deitada no sofá, com a blusa do seu pijama levantado e ela acariciando sua barriga. Sorri com a cena. Aproximei-me dela, que assim que sentiu minha presença sorriu.

- Hm que cheirinho bom! – Rebeca falou se sentando.

- Oi, desculpa a demora. – Coloquei o jantar e as sacolas do mercado na mesinha do centro da sala e me sentei ao lado dela. – Trouxe o jantar e as suas guloseimas.

- Ah, tudo bem amor. Sua irmã foi uma ótima companhia. – Falou se levantando e indo mexer nas sacolas. – Que ótimo, estamos famintas.

- Sofia boa companhia? – Perguntei desconfiado, pois as duas não se davam muito bem. – E onde ela está?

- Sim, acho que esclarecemos nossas diferenças. – Deu de ombros. – Está na área da piscina, no telefone a mais de uma hora.

- Fico feliz que estejam se dando bem. – Sorri. – Nossa tanto tempo assim? Quem é? – Falei ajudando ela a levar as sacolas pra cozinha.

- É eu também fico muito feliz. Mas não sei quem é não. – Rebeca falava enquanto preparava a mesa. – Então, me conte como foi o seu dia, você está com uma cara péssima.

- Vou ter que verificar quem é. – Ri da careta que ela fez. – Cansativo mais recompensador, fico feliz quando vejo que meus pacientes estão progredindo. Mas nada fora do normal. – Cortei o assunto de imediato. Não queria voltar a pensar em quem eu encontrei e muito menos contar para Rebeca.

- Não se esqueça de me contar quem é. – Sorriu e sentou-se e serviu-se. – Deve ser bom mesmo poder ajudar as pessoas dessa forma.

- Contarei dona curiosa! – Me sentei e me servi também. – Realmente é ótimo, meu bem.

- Que demora Lucas, achei que você não chegaria nunca! – Sofia falou entrando na cozinha. – Eu to cansada, a sua mulher me deixou exausta. – Sorriu.

- Oh! Que mentira cunhada. – Rebeca riu. – Quer jantar? Lucas trouxe um jantar delicioso.

- Mentira nada! Você não para de falar um minuto. – Riu. – Desculpa, mas vou passar essa. Tenho uns compromissos ainda. Tchau! – Sofia não esperou nem eu responder e se mandou embora. Eu tinha que descobrir que tipos de compromissos eram esses.

- O que foi isso? O que deu nela? – Perguntei para Rebeca que se esbaldava com o jantar.

- Não me pergunte que eu não sei de nada. – Encarei Rebeca, pois sentia que elas estavam de segredinhos. – É sério, não sei mesmo amor. – Sorriu e voltou a comer.

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⏰ Última atualização: Mar 27, 2015 ⏰

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