DESTINO

Capítulo 5

PAULA STARK

Eu estava em uma reunião importantíssima, quando a minha secretária me informou que Laura havia se machucado e estava em um hospital próximo a escola. No mesmo instante me desesperei e pedi licença aos meus clientes, deixando-os com a minha sócia Carla. Peguei meu carro e sai às pressas atrás da minha filha. Já fazia 30 minutos desde que me avisaram, estava parada no trânsito devido a um acidente. Resolvi ligar para o Vitor ir até ao hospital.

- Oi Vitor, ainda bem que atendeu. – Comecei a falar rápido assim que a ligação se iniciou.

- Oi amor, calma. O que houve? – Ele falou preocupado.

- Laura, ela se machucou e levaram para o hospital. – Minha voz era tremula e meu coração estava apertado.

- Meu Deus, qual hospital amor? Vou junto com você, onde é?

- Vitor, preciso que vá ver como ela esta até eu chegar. Estou em um engarrafamento e não vou conseguir sair tão cedo daqui. – Falei rapidamente.

- Calma. Eu vou até lá e cuidarei dela, não se preocupe. Vá direto pro seu apartamento que levarei ela.

- Obrigada amor, mais me mantenha informada ok? Avise-me assim que você souber o que houve com ela. – Falei preocupada e angustiada.

- Pode deixar amor, fique tranquila. Te cuida, amo você. Beijos.

- Tudo bem, eu também. Beijos. – Finalizei a ligação e fiquei tentando manter a calma.

O congestionamento estava impossível, o acidente foi realmente grande. Pelo que ouvi no rádio, se tratava de duas carretas. Peguei meu celular assim que ele vibrou em uma mensagem do Vitor.

- Amor, acalme-se. Ela já foi atendida, medicada e liberada. Estou levando para sua casa, vá com cuidado. Nos vemos daqui a pouco. Amamos você. – Suspirei aliviada e meu coração se aquietou um pouco. Eu não suportaria perde-la.

Uma hora e meia depois eu estava estacionando na minha garagem. Desci do carro e subi até meu apartamento o mais rápido que pude. Apesar de o Vitor ter me tranquilizado um pouco eu precisava ver Laura para ficar mais calma. Assim que abri a porta tudo esta no maior silêncio. Fui até meu quarto e não tinha ninguém e segui ao quarto da minha pequena. Abri a porta devagar e encontrei o Vitor contando uma história para a minha princesa que sorria. Me aproxime deles e assim que me viu Laura pulou em meu colo.

- Mamãe, mamãe!! Fiz dodói na beça e nuu-u juelhinhu.. – Sorri pelo jeito que ela falava. – Abracei ela e beijei seu joelho e sua face onde havia um curativo rosa da barbie.

- Eu sei meu amor, fiquei tão preocupada. – Coloquei ela na cama e me aproximei do Vitor. – Amor, obrigada. Mais o que houve e como foi no hospital? – Me sentei na cama acariciando Laura que já estava quase dormindo.

- Que isso Paula, somos parceiros e você e a Laura podem contar comigo. – Ele levou uma de suas mãos até meu rosto acariciando e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. – Eu conversei com a responsável da escola que estava lá no hospital e ela me falou que foi na hora do intervalo. Que ela estava brincando no balanço e o amiguinho dela empurrou muito alto e ela caiu, batendo com a cabeça no chão e o joelho em uma quina do cercado de areia.

- Meu Deus, ela poderia ter se machucado muito mais. Vou precisar ir lá e conversar com a diretora. Isso não pode acontecer, não é aceitável. – Falei um pouco alto, mas me contive, pois a minha pequena já havia caído no sono. – Vamos até a cozinha, você teve estar com fome. Vou preparar um jantar para nós. – Me levantei e peguei na mão de Vitor e trazendo junto comigo.

- Fique calma amor, o que importa é que ela está bem agora. O médico foi muito atencioso e me passou as recomendações. – Sorri para ele que sempre via o lado com das coisas. Fui direto à cozinha preparar algo para nós. Enquanto eu preparava a janta Vitor foi me repassando as recomendações. – Ela tem que ficar quietinha, de repouso por cinco dias. Tomar os remédios nas horas certas e voltar lá para retirar os pontos do joelho.

Eu colocava a mesa quando o celular do Vitor tocou. Ele rejeitou a chamada, mais fora em vão, pois o celular voltou a tocar. Eu fiquei curiosa com o fato dele rejeitar as chamadas e mesmo assim a pessoa insistir em ligar. – Vitor, você não vai atender? Pode ser importante. – Eu falei o olhando.

- Não amor, depois eu ligo de volta. Não deve ser nada urgente. – Ele falou calmo se sentando para jantarmos. E assenti e me sentei também. Eu havia preparado uma macarronada com molho branco e frango desfiado e modéstia a parte estava uma delicia. Vitor era apaixonado pelas minhas comidas, tanto que ele sempre brincava que eu teria o fisgado pelo estomago. Nós estávamos jantando e conversando assuntos aleatórios e de como foi nosso dia. Até que novamente seu celular tocou. Ele novamente rejeitou e voltou a comer, mas a pessoa voltou a ligar. Eu já estava ficando nervosa e irritada, quem seria que ele não poderia atender? Então peguei seu celular e olhei no visor, ficando intrigada por ser Marcela, sua secretária. Sem hesitar eu atendi.

- Vitor não adianta você fugir de mim, nós ainda temos muito que conversar. – Marcela falou sem ao menos eu me pronunciar.

- Oi Marcela! Seja lá o que você e o senhor Vitor tenham para falar, você pode me contar. – Falei olhando desconfiada para o Vitor. Que fazia sinal de que ela era louca.

- Ah, é você. Não é nada, ligo outra hora. – Ela falou rápido e deligou sem me deixar responder e exigir que me contasse o motivo dessa ligação e dessa intimidade. Olhei para o loiro a minha frente que comia como se nada tivesse acontecido.

- Vitor!? O que significa essa ligação? E por que você não quis atender na minha frente? – Comecei a falar sem parar.

- Paula, não é o que você imagina que seja. – Ele falou todo calmo como sempre.

-E o que seria então? Não minta. – Falei o encarando firme.

- Eu não queria lhe encher com essa besteira amor, deixe para lá. – Ele falou devagar analisando minha expressão.

- Fale de uma vez Vitor, sem mentiras lembra? – Eu falei, fazendo-o se recordar de quando iniciamos nosso relacionamento de que não haveria desconfiança e nem mentiras entre nós.

- Lembro sim. Bom como sabe a Marcela é uma antiga funcionaria da empresa e a pouco foi nomeada minha secretária. De uns tempos para cá eu observei que ela estava diferente. Até que um dia ela entrou na minha sala a trancando e se declarando, falando do quanto ela tinha amor por mim dentre outras coisas das qual você deve imaginar. Eu falei para ela que isso era uma pena, mais eu não sentia nada por ela, e que eu já tinha a minha mulher. Pedi para ela se retirar da minha sala, mas ela não fez isso. Ela se aproximou da minha cadeira e começou a desabotoar a sua camiseta. – Eu o analisei e não podia acreditar que ele havia feito isso comigo. Eu já estava me levantando quando ele segurou minha mão, me fazendo olha-lo. – Paula, me escuta primeiro. Eu não faria isso com você, jamais. – Eu olhei em seus olhos e podia sentir o quanto eram sinceras as suas palavras. – Continuando, ela começou a falar coisas ousadas e provocantes, eu não vou negar. Eu sou homem, ela é atraente. Mais eu jamais trocaria uma vida com você por um sexo com uma secretária provocante. No mesmo instante que ela se aproximou eu a peguei pelo braço a levando para fora da minha sala. E mandei-a passar no RH para acertar as suas contas. Desde então ela vem me ligando, eu já falei para ela me deixar em paz, mas não adianta. Desculpe por omitir isso de você, eu só não queria chateá-la. – Ele terminou de falar olhando em meus olhos.

- Vitor, nós vamos nos casar. Não pode haver segredos entre nós. Você pode me contar tudo, eu só não quero que existam mentiras ou omissões entre nós. Eu não quero uma relação sujeita a desconfianças. Eu confio em você e jamais deixaria que isso nós abalasse. – Falei olhando em seus olhos e pude sentir o quanto ele estava arrependido por ter ocultado um fato como este. Vitor me aproximou de mim e me tomou em seus braços me beijando profundamente.

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Olá!!

Bom estou um pouco tensa. 
Tenho dado o melhor de mim para escrever essa grande história, mas acho que não está agradando muito. Mas não desistirei, continuarei a postar. E está ai mais um capítulo. 

Beijinhos de morango.