Brooklyn Nights • CTH

Capítulo 2 • Emotional Rollercoaster

(Julien's POV)

Já se passaram uma semana desde que voltei ao Brooklyn. Apesar de toda a turbulência e das emoções daquele dia, posso dizer que essa semana foi mais tranquila. Eu e meus amigos estávamos mais próximos do que nunca, remontando a relação que tínhamos antes de eu ir embora. Saímos bastante e eu matei a saudade de muitos lugares que eu costumava ir na minha adolescência.

E após passar o dia fora hoje com a Ashley, recebo uma ligação da minha mãe pedindo para que eu voltasse imediatamente para casa pois havia acontecido algo e ela só poderia me contar quando eu estivesse lá. Pego um táxi às pressas e vou o caminho todo apreensivo já com medo do que possa ter ocorrido.

Ao chegar em casa, encontro minha mãe sentada na poltrona da sala do nosso apartamento com a cara inchada de quem estava chorando. Eu a olho ainda mais apreensivo e hesito um pouco antes de falar qualquer coisa.

– Eu vim o mais rápido que pude… O que aconteceu mãe?! Fale, por favor, estou muito apreensivo.

– Sente-se primeiro, por favor. - diz ela com a voz um pouco embargada.

– Então… Você precisa ser forte para o que vou te dizer agora.

– Mãe, vá direto ao assunto, eu não suporto suspense.

– Acabo de receber uma ligação da Itália…

– Tá… E daí? Eu vou ter que voltar pra lá de novo? É isso?

– Não Julien… A sua avó…

– O que tem a nonna, mãe?

– Ela faleceu.

Receber essa notícia foi como tomar um tiro. Senti o chão desabar debaixo dos meus pés. Eu perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida. Minha avó, mãe da minha mãe, minha nonna. Eu vivi com ela durante todo o período que estive na Itália. Ela contribuiu com muita coisa para eu me tornar quem eu sou hoje. E agora ela simplesmente se foi.

Tudo o que fiz nos próximos momentos foi externar toda a dor e a tristeza daquele momento através de lágrimas. E enquanto isso, minha mãe me abraçava e tentava me acalmar. Ela também chorava mas certamente ela era alguém mais forte do que eu e saberia lidar com isso muito melhor do que eu. Minha mãe era uma mulher tão forte e essa era uma das qualidades que me fazem admirá-la.

Minha mãe teria que viajar até a Itália para poder cuidar do funeral e da cremação. Ela disse também que eu não precisaria ir e que poderia ficar no apartamento. Na noite que ela viajou, chamei Ashley, Dylan e Melanie para ficarem comigo. Eles me consolaram, cozinharam pra mim e depois todos dormiram aqui. No dia seguinte, devido aos compromissos pessoais de cada um, tiveram que ir.

– Obrigado por ficarem comigo essa noite.

– Não precisa agradecer, amigos fazem isso. - diz Melanie. Ashley e Dylan concordam balançando a cabeça positivamente.

– Espero que você fique bem e se cuide viu? - diz Ashley.

– E qualquer coisa, não hesite, liga pra gente. - diz Dylan.

–Eu não sei o que seria de mim sem vocês.

E ali nós nos abraçamos antes deles irem. Eu os amava. Eram como irmãos para mim.

O resto do dia foi bem tranquilo apesar de eu ainda estar abalado emocionalmente com tudo. Até que à noite, recebo uma visita inesperada.

– Calum?! O que faz aqui?!

– Oi Julien… Vim ver como você está…

Não entendi o que ele quis dizer com aquilo pra ser sincero. O que Calum iria fazer na minha casa àquela hora? Ver como eu estou? Somente?