Capítulo 6- Renovado

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Harry sabia que tinha machucado Draco.

Não havia outra explicação para sua ausência no palácio. Foi solitário, para ser breve.

O sol estava começando a se pôr, seus raios brilhantes afundando no horizonte. Harry sentiu seu estômago afundar da mesma forma, queimando de medo. As chamas faziam cócegas em seus pulmões e ele sentia que não conseguia respirar.

Uma coisa terrível, é, machucar alguém e não perceber até que ele não esteja mais perto de você. Harry sentiu que estava sendo dramático por um momento. Draco não era nada para ele, honestamente. Além de estarem noivos com ele, eles não foram além de amigos. E ainda assim ele sentiu a culpa engoli-lo por inteiro.

Ainda havia esperança para o jantar. Que Draco caísse em si e descesse para comer.

Ele não fez isso.

Narcissa, no entanto. Ele presumiu que ela não sabia nada sobre a situação, porque o olhar dela sobre ele não mudou em calor ou gelo. Apenas deslizou para fora dele. Uma brisa.

O jantar acabou logo. Ele não tinha motivação para comer muito, para ser honesto. O silêncio foi quase assustador enquanto ele comia sua última mordida, mas Harry se livrou disso enquanto voltava para seu quarto. No caminho para isso, porém, ele fez uma pausa.

Ele poderia acabar irritando Draco ainda mais, mas ele tinha que tentar e ver o que podia ou não fazer. O que foi que deixou Draco irritado e achou que deveria evitar Harry

Ele voltou para os corredores com travessas nas mãos, bandeja debaixo do braço. Afinal, Draco precisava comer e ele devia a Harry uma hora.

Harry bateu na porta, ouvindo qualquer sinal de movimento. Ele foi recebido com passos arrastados e, em seguida, entrou .

Ele hesitou, mas abriu a porta, entrando. A súbita claridade do quarto o cegou e ele teve que piscar contra a luz.

Quando sua visão voltou corretamente, ele notou que Draco estava de costas para ele. Ele estava ligeiramente curvado, claramente procurando por algo. Harry tossiu e Draco parou.

Ele se endireitou lentamente. Ele levou alguns segundos antes de se virar para Harry com um pequeno sorriso. Forçado. Não alcançou seus olhos nem tinha o brilho da noite anterior. Se fosse possível fazer seu estômago afundar tanto ...

"Harry", disse ele, quase tenso, lábios finos, "A que devo esta surpresa?" Seus olhos pousaram nas travessas, as sobrancelhas erguidas.

"Trouxe um pouco de comida, você não estava jantando," Harry deu de ombros, tentando ser indiferente enquanto colocava as travessas na bandeja que estava sob seu braço, oferecendo-as a Draco. Ele o pegou, um olhar perplexo dançando em seu rosto.

"E você me deve uma hora", acrescentou Harry, lentamente. Draco ficou quieto, qualquer protesto que estava subindo por sua garganta voltou para o fundo de seu estômago. Harry cantarolou.

"Certo. Sente-se, eu acho," Draco murmurou, virando as costas para ele novamente. Seus olhos vasculharam o chão.

"O que você está procurando?"

"Varinha. Eu deixei cair," o olhar de Draco cintilou para Harry antes de retornar para a madeira abaixo dele. Harry bufou.

Cordões Vermelhos Puxam Corações CansadosOnde histórias criam vida. Descubra agora