Capítulo 1- A rivalidade ... termina?

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Houve um tempo em que Harry Potter teria reclamado de seus pesadelos. Um momento em que ele correria para um quarto familiar, para contar a sua mãe e seu pai o que tinha visto. Naquela sala, dois pares de mãos o envolveriam. Duas vozes fariam cócegas em seus ouvidos, pois prometeram que ele nunca seria prejudicado. Aquelas duas vozes foram algo que ele manteve até o dia em que foi considerado muito velho para ir correndo para seus pais. Não seria uma boa aparência, ele supõe. Mas ele ainda tem o desejo, o desejo, de ouvir as palavras de conforto e sentir o toque caloroso delas.

Seus pesadelos só pioraram. Você pensaria que depois de anos reprimindo seus sentimentos, ele se tornaria um mestre em esconder suas reações a pesadelos. Mas ele não fez isso, cada pesadelo é novo e queima atrás de seus olhos todas as manhãs depois. Foi o mesmo esta noite.

Desta vez, Harry estava em um corredor. Ele presumiu que estava em uma casa, bem pequena, mas sempre morou dentro de castelos e quartos grandes, então acha que pode estar errado. Ele colocou a mão nas paredes brancas, caminhando para frente e sorrindo enquanto sua mão deixava marcas de sangue.

O sangue de seus pais. Ele ouve seus gritos, implorando. James Potter jurou que amaria mais seu filho, Lily Evans apenas chorou e baixou a cabeça. Boa. Deixe que ela sinta pena. Deixe-a saber o que é a verdadeira pena. Pena é não amar seu filho.

Ele largou a mão, quase alegre quando se virou para olhar para a parede ensanguentada. Mas sua garganta se fechou e seus olhos arderam.

Você nunca poderia ser um filho bom o suficiente.

Escrito nas paredes. Escrito no chão, nas portas. A casa estava ficando menor. Ele não conseguia respirar, ele não conseguia ver mais, ele gostaria de ter um pouco de luz-

Harry engasgou acordado, a mão voando para sua garganta. Ele se sentou, tossindo e piscando para afastar as lágrimas. Sua mão procurou para sempre, até que ele finalmente encontrou o interruptor de sua lâmpada. Ele olhou ao redor.

Sem sangue, sem casa encolhendo.

Ele estava bem.

Harry engoliu seus medos e desceu da cama. Ele sabia que não devia voltar a dormir depois disso. Ele calçou as sandálias e os óculos, pegando uma das tochas ao lado da porta assim que saiu do quarto. A chama estava quente, cintilou na luz. Harry suspirou. Não podia ser muito cedo. As janelas provaram isso, devem ser mais de 5h da manhã.

De manhã cedo, então. Ele poderia começar com o café da manhã.

O jovem príncipe caminhou pelos longos corredores, seus olhos observando cada planta, cada porta. Tudo ficou em silêncio.

Quando ele chegou à cozinha, ele finalmente ouviu um murmúrio de barulho, uma voz que ele reconheceu como seu mordomo pessoal. A voz parou e Harry sabia que tinha sido localizado.

"Alteza," o mordomo curvou-se, uma toalha sobre o braço. Ron Weasley, da mesma idade que ele. Uma trouxa. Seu melhor amigo.

Harry franziu a testa e deu um tapa nele. Ron sabia que não devia chamá-lo assim.

"Ai!" Ron sibilou, esfregando o braço. Ele estreitou os olhos para Harry, baixando a voz, "O que você está fazendo fora da cama?"

"Pesadelos."

"De novo? Caramba, Harry-"

"Eu sei. Eu experimentei chá e até mesmo algumas daquelas coisas trouxas - era melatonina? - Receio que só tive seis ou sete horas de bom sono." Harry suspirou.

Cordões Vermelhos Puxam Corações CansadosOnde histórias criam vida. Descubra agora