Harry não teve pesadelos naquela noite, mas teve vários sonhos. Eles não tinham relação um com o outro, provavelmente, mas isso deixava Harry inquieto. Ele geralmente nunca se lembrava de seus sonhos, e agora ele estava ciente deles.
O primeiro o fez andar em uma floresta. As folhas rangeram sob seus calcanhares, o vento soprando duas ou três antes de passar pelos cabelos de Harry, quase de brincadeira. Harry estava ansioso com alguma coisa, embora não conseguisse se lembrar por quê.
Era claramente outono. As árvores não eram verdes, mas de um marrom dourado, algumas quase caramelo. Seu caminho não estava claro, mas ele se sentiu puxado, puxado. Avançar era sua única escolha. Ele sabia o que estava procurando, mas não havia nenhum sinal visível de que ele estaria expressando isso em seu sonho. O Harry dos Sonhos simplesmente sabia, enquanto o Harry Real permanecia confuso.
Foi então que Harry percebeu que o sol mal estava nascendo, mas brilhava tanto que ele teve que apertar os olhos para olhar para frente. Houve uma limpeza à frente. O coração de Harry dos sonhos bateu rapidamente em seu peito, saudade e anseio se solidificando.
Ele começou a correr, correndo até que seus pulmões parecessem que iam falhar, correndo até que suas pernas quase cederam. A área à frente só foi aumentando. No momento em que ele chegou perto, ele estava exausto. Ele caiu de joelhos, deixando o barulho das folhas abaixo de seus pés acalmá-lo enquanto recuperava o fôlego, os olhos tremulando fechados. Quase não havia som além do vento e do chilrear ocasional dos pássaros. E então um grunhido.
Seus olhos se abriram forçados, alargando-se quando ele percebeu quem exatamente estava diante dele. Draco, em um terno na tonalidade de um lindo verde. Ele brilhava, o sol envolvendo seu calor em torno dele. Os olhos do loiro pareciam brilhantes, o fantasma de um sorriso oscilando ao redor. Sua mão foi estendida para Harry, como se ele estivesse dizendo para ele se levantar e parar de parecer um idiota.
O próximo sonho não tinha sentido, exatamente. Ele estava rindo com sua mãe, que havia mencionado algo sobre o gato lá fora. O corpo do Harry dos sonhos zumbia de alegria enquanto sua mãe acariciava sua cabeça da mesma forma que fazia quando ele era criança.
O sonho final foi o que o intrigou. Não havia muitos detalhes e estava meio embaçado. O corte de uma fita vermelha. Mãos atadas, depois dedos apontando. Sem rostos específicos, apenas a sombra das pessoas que deveriam estar lá. Um flash de varinhas sendo erguidas no ar, o grito de um homem. Harry não sabia o que fazer com isso, no final.
Quando Harry acordou, ele percebeu que ainda não estava amanhecendo. O sol ia nascer a qualquer minuto, mas Harry quase gostou. Ele retirou sua mão da de Draco com cuidado, para não acordá-lo. E ele saiu, estremecendo quando ouviu o clique da porta fechando. Ele ficou lá, do lado de fora. Certificando-se de que Draco não havia acordado. Ele soltou um suspiro de alívio ao não ouvir nada e seguiu pelo corredor.
Estar sozinho com seus pensamentos nem sempre era uma coisa boa, ele sabe. Mas o ajudou a tomar decisões quando ele não estava sendo dominado por uma onda de emoções. Ele se lembrou de ontem. Uma leve sugestão de alegria, vergonha, constrangimento e confusão o atingiu no meio do rosto.
Eles estavam se movendo muito rápido, e isso estava assustando Harry Potter pra caralho. Ele se lembrou do toque de Draco, aquela batida familiar, o aperto em seu braço, a sensação de seus lábios nos de Harry. Ele sentiu que estava ficando vermelho antes de perceber totalmente.
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Cordões Vermelhos Puxam Corações Cansados
FanfictionA guerra está se aproximando e parece que o Rei James está prestes a encontrar seu fim antes mesmo de encontrá-lo. Sua única esperança é seu filho, de assumir o trono assim que se casar. A questão é que, mesmo que James dê uma festa para convidar os...