Parque

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 Oioi pessoal, como prometido vim postar os dois capítulos hj espero que gostem e Boa Leitura!

Dylan

Nunca vi minha casa tão cheia quanto hoje mais cedo, foi tudo tão divertido e familiar, quando eu era criança meus pais davam almoços assim as vezes, algo só para a família mesmo mas depois que cresci eles pararam e quando meus pais morreram nunca mais me senti em família assim, mas hoje Tessa me devolveu um pouquinho disso e eu não queria que acabasse nunca, depois do almoço que foi estendido até o café da tarde um a um foram indo em bora, primeiro Helena que estava esperando o marido voltar de uma pequena viagem que ele tinha feito, depois Moly alegando que iria encontrar com uma amiga, aí saíram Vera e Claire e por último o folgado do Ethan que estava estranho de mais pro meu gosto

Esse seria o último dia que Tessa passaria aqui e eu sinceramente estava cogitando a ideia de pedir pra ela não ir em bora nunca mais, mas isso era insanidade de mais, não?. Como forma de passar o resto da tarde resolvemos dar uma volta, tinha um parque não muito longe da minha casa e pensei em levá-la lá pra passar o tempo, como não era muito longe fomos andando mesmo, no meio do caminho encontramos com um senhorzinho vendendo algodão doce e os olhos da morena que estava ao meu lado brilharam com o doce, comprei um pra ela e nos sentamos em uma dos bancos de madeira da pracinha

-será que você vai amar doce tanto quanto a sua mãe?- perguntei pra barriga dela, isso tinha virado um costume nos últimos tempos, sempre que dava eu falava com o bebê, era divertido imaginar que ele podia me ouvir

-não sei mas espero que ele não puxe o péssimo hábito do pai de não cuidar das pobres e lindas flores da estufa- eu sei que foi uma alfinetada pra mim mas eu só conseguia sorrir ao ver ela falar tão naturalmente que eu era o pai do filho dela mesmo que eu realmente fosse.

-você quem cuida delas então eu não preciso me preocupar- meu tom era de brincadeira mas seu sorriso deu uma leve murchada e não entendi porquê

Depois disso ficamos os dois em um silencio confortável só sentados no banco de uma praça, estávamos só observado tudo ao redor e tinha tanto tempo que eu não fazia isso, só sentar e observar, parar pra respirar sem pensar em trabalho ou qualquer coisa do tipo, Tessa estava trazendo para minha vida uns hábitos que eu já deveria ter, está me ensinando tanto e mudando completamente a minha vida

Como secretária, além de me ajudar com o trabalho (o que eu realmente precisava), ela faz tudo ficar mais divertido, se tenho um dia difícil, no final ela tá lá com um lindo sorriso no rosto e uma caneca de café exatamente como eu gosto, depois com meus amigos e Helena, achei que não dava pra ser mais próximos deles mas agora eu posso simplesmente chamar eles pra um café só pra jogar conversa fora mesmo que nos vejamos todos os dias além de agora também ter Vera e Claire, a loira é sempre divertida e até me lembra um pouco o Ethan, e Vera que a essa altura já tinha adotado como Tia Vera era simplesmente incrível, ela sempre estava preocupada mesmo que nos conheçamos a pouco tempo sem contar que é um amor e tem ótimos chás, e eu nunca gostei de chá.

Tessa conseguiu até mudar meus pequenos hábitos, ela estava na minha casa a apenas dois dias mas já me fez trabalhar na estufa, o que foi mais divertido e necessário do que eu achei que poderia ser, me ensinou a cozinhar ( não sou lá um grande chefe mas já consigo fazer uma comida que não esteja torrada, e preparar algo que seja no mínimo comestível), e me fez perceber que até os lugares mais banais são necessários como ir a um supermercado já que, quem sempre ia pra mim era Eva, ou ir a um parque para, sei lá, ler um livro, ou só observar as coisas ao redor, respirar um ar mais puro já que no parque tinham diversas árvores e não tinha tanto daquela poluição das ruas.

Eu estava olhando as pessoas que passavam pelo parque, as crianças brincando com seus amigos ou seus cachorros, e uma família que tinha acabado de entrar no parque, era um casal com uma criancinha que não devia ter mais que dois anos de idade, eles estenderam uma toalha no chão e cada um sentou de um lado, a mãe colocou o bebê em pé na frente dela e o pai incentivava a criança a andar até ele, depois de algumas tentativas falhas finalmente a criança deu seus primeiros passos em direção a mãe, era uma cena tão linda de se ver, todos estavam extremamente felizes e alegres, olhei para o lado e percebi que Tessa também estava atenta a essa cena, ela tinha uma mão na barriga e os olhos cheios de lágrimas

-ei, por que você tá chorando?- abracei ela meio de lado

-é só que...- suspirou- é uma cena muito linda, são uma família muito bonita

-e nós também seremos- coloquei a mão que não estava usando para abraçá-la em sua barriga e falei meio no calor do momento mas era exatamente isso que eu queria que fossemos uma linda família, ela se afastou o suficiente para me olhar nos olhos, limpei suas lágrimas e começamos a nos aproximar, estávamos apenas a alguns centímetros de distância um do outro

-oi, dispupa intenrromper é que minha bolinha caiu de baixo do banco de vocês- uma garotinha loira de olhos escuros falou envergonhada olhando pro chão a nossa frente

-tudo bem, eu vou pegar ela pra você- Tessa se recompôs e pegou a tal bola que era toda colorida

-Letícia!- uma mulher igualmente loira chegou atrás da menina- você não pode sair correndo assim meu amor

-mas mamãe minha bola que correu de mim, eu não tenho pupa

-tudo bem mas não faça mais isso- ela abraçou a menina e olhou para nós, Tessa entregou a bola já em suas mão para a menina- obrigado, as vezes ela sai correndo atrás dessa bola e aí já viu né, é pernas pra quem tem pra correr atrás, a propósito meu nome é Cristina

-prazer eu sou a Tessa e ele é o Dylan

-vocês são um lindo casal, já tem filhos?- Cristina era simpática e nesse momento vi Tessa corar um pouco

-quase, daqui a uns sete meses teremos- respondi sorrindo

-ahh parabéns, o primeiro é mais assustador mas depois melhora, falo por experiência própria, essa é minha terceira- apontou pra garotinha que já voltava a brincar com a bola- bom eu tenho que ir meu marido deve estar ficando louco com as crianças em casa, boa sorte pra vocês com o bebê e não desistam, por mais que pareça difícil a recompensa é melhor ainda- ela sorriu e Tessa abraçou ela agradecendo, não entendi muito mas não questionei, dei tchal para ela e voltei a olhar para Tessa

-bom, v-vamos? já está ficando tarde e hoje se quiser pode pedir uma pizza- ela parecia um pouco nervosa, fiquei um pouco decepcionado com a interrupção mas realmente estava ficando tarde, voltamos caminhando e conversando sobre a pizza que pediríamos, depois de Tessa ter cozinhado praticamente todas as refeições desde que chegou lá em casa acho justo dar uma folga pra ela, e além do mais uma pizza é uma pizza né.

T.

Uma Confusão SurpresaOnde histórias criam vida. Descubra agora