Capítulo I - Primeira Batida.

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"Ela era perfeita femme fatale

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"Ela era perfeita femme fatale.

talvez perfeita demais."


                     Femme Fatale, era assim que os clientes chamavam nossa agência. A organização das Femme Fatale's. Era engraçado aquela denominação e combinava muito bem com nosso dia-a-dia, éramos mulheres fortes, bonitas e...Fatais!  Era um belo jeito de nos denominarem, conseguíamos aquilo que era nos favorável, aquilo que nos mandam fazer. Éramos habilidosas com armas de grande, médio e pequeno porte, habilidosas em lutas corporais e até mesmo na arte de sedução. Mas, a maioria das mulheres da organização, tinha uma fraqueza, algo que poderia ser facilmente a ruína delas. 

                     Dara, minha companheira de dormitório, tinha problemas de depressão e era muito sensível, mas, em compensação, ela era muito habilidosa e persuasiva, conseguia convencer qualquer alvo a se ajoelhar aos seus pés com seu jeito doce e delicado. Por isso, ela era designada para missões mais simples e que não tinha necessidade de assassinatos, sua função era apenas iludir o individuo e o atrair para uma teia de aranha, na qual, a aranha era eu. Minha função era explicitamente matar, eliminar e destruir a vida daquela pessoa, claro que de acordo com os desejos de nossos clientes. Se um cliente VIP mandava a gente torturar um alvo e o matar de um jeito lento e o mais doloroso possível, nós fazemos sem reclamar e sem questionar. Esse era nosso trabalho, fomos treinadas para isso, para acabar com vidas e deixar nossos V.I.P's satisfeitos. 

                      Mas, voltando as fraquezas de minhas companheiras, elas eram completamente inúteis em missões como essas, claro que eu também era treinada para seduzir, mas minha função era de extrema importância e necessitava total frieza. E foi por isso, que minha criadora e chefe, me criou. Implantando um chip em uma parte especifica de meu cérebro responsável pelas minhas emoções, o mesmo era capaz de controlar aqueles sentimentos frívolos, me tornando uma verdadeira máquina de matar. Depois disso, eu nunca fui capaz de sentir mais nada, nem lembro ao menos o que é sorrir, apenas quando me é forçado ou necessário, mas nunca por simples vontade. Tudo aquilo era desnecessário quando fora de uma missão, dentro de uma missão, eu precisava ser incisiva, sensual e delicada. Uma perfeita mentira. Uma ilusão para quem quisesse ver, na verdade, não era uma ilusão necessariamente, era apenas uma visão na qual o alvo queria ver. Como se fosse apenas uma miragem em um deserto, eu apenas oferecia essa visão.

                       E era assim, em todas as missões em que era designada, sempre eram perfeitamente executadas, perfeitamente. 

                       E cá estou eu novamente, em uma missão na qual me atribuíram. Observando calmamente a rua deserta em uma área duvidosa de NY, estava encostada em uma das paredes de cimento de um prédio abandonado, apenas esperando pelo momento certo para atacar minha vítima. Dessa vez, meu alvo é um homem com altura mediana, moreno e que estava do outro lado da rua conversando com um grupo de pessoas. Um homem no qual estava dando muita dor de cabeça para um de meus clientes, um traficante sem valor e sem escrúpulos merecia a mais terrível das mortes. Isso, pelo menos, foi o que continha nas instruções que recebi. Ele deveria ser morto de um jeito lento e bem sujo. E eu, iria obedecer sem reclamar. 

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