2. Perdeu a cabeça

159 17 0
                                    


Kauê


Estávamos ali na entrada do morro eu, Dente (vapor) e o Pan (meu Sub chefe). Nós estavamos esperando os meninos da noite chegar pra acabar nosso plantão, e o Pan estava pra acender um cigarro de maconha pra nós, já que estávamos perto de ir embora para casa. E do nada o Pan ficou branco igual cocaína e com os olhos arregalado, mas como eu estava de costas pra rua já logo imaginei que era os tiras (Polícia). Fui virando o rosto devagarinho pra poder olhar o que era. E caralho eu vi uma mina muito linda, a mina parecia uma fada, e ela também estava igual o Pan, pareciam que estavam em choque tipo um transe bem louco.

Mas antes de falar algo eu fui dar uma confirmada na mina né...

E eu estava quase entrando no transe também, ela estava vestida com um vestido que marcava bem os seios dela, não era nem grande nem pequenos na medida. O vestido chegava na metade das coxas dela, todo preto e ela também usava uma jaqueta camuflada por cima.

Aquele silêncio me incomodou, nem tinha passado trinta segundos mas foi o suficiente pra me incomodar. Já comecei a bater palmas, para quebrar o silêncio, e logo perguntei:

- Aí menina viu um fantasma caralho ?

Logo começou uma discussão entre os dois. A minha única reação foi segurar a mina pela cintura, e porra o cheiro dela era maravilhoso, percebi que o cabelo dela era enorme se pá chegava no começo da bunda dela, estava amarrado em rabo de cavalo era castanho claro e tinha uns fios loiro, segurei ela já que eu percebi que ela ia dar uns tapas no Pan. Depois dele berrar que era irmão dela eu entendi quem era ela. A uns anos atrás quando ele veio pedir ajuda aqui no morro, eu senti que o pivete era de confiança ele conto que foi abandonado pela mãe assim que nasceu lá no orfanato e viveu lá até os 12 anos quando ele fugiu pra cá, eu dei um barraco e um trabalho pra ele de vapor, e ficar fazendo algumas coisas pro meu pai lá no asfalto. Já que ele era mais vigiado que reality show, e ele foi ganhando a minha consideração.

Quando ele chegou eu tinha 16 anos e fazia os trâmites de carregamento, meu pai Antônio, vulgo Terremoto, só queria que eu assumisse tudo quando estivesse com 24 anos. E a seis meses atrás assim foi feito, eu era o novo chefe do morro e o Peter virou meu sub chefe.

Ele me contou que tinha uma menina lá que ele protegia, ele me disse por alto que quando ela tinha 15 anos sofreu uma tentativa de abuso e que precisava mandar ela embora de São Paulo, eu pedi ajuda a uma babá que cuido de mim quando eu era pequeno e que ainda tinha contato comigo, ela morava no Rio grande do Sul. Depois que ajudei ele eu nunca mais perguntei dessa menina. Estava pensando nessas coisas quando reparei que ela estava subindo na moto, lógico que não perdi a oportunidade de dar uma boa avaliada na bunda da mina quando ela tirou a jaqueta que estava na cintura e subiu na moto. Balancei a cabeça e pra tirar essas ideias da cabeça. Já puxei o cigarro de maconha da mão do Dente (vapor) e já dei uma boa puxada na maconha . Ele não perdeu a oportunidade de atormenta as minhas ideias e disse:

- qual foi chefe vai querer virar cunhado do Pan ?

Terminou de falar e começou a gargalhar, fiquei encarando ele e depois falei

- fala essas merdas de novo e tua mulher vai ficar viúva.

Vi o sorriso dele sumir da cara dele e aí foi a minha vez de gargalhar.

Logo os meninos chegaram pra assumir os postos deles, subi na garupa da moto do Dente e pedi pra ele me deixar na casa do Peter. E assim ele fez.

Quando eu cheguei na porta da casa dele eu escutei uma gritaria da porra, empurrei a porta e o Pan estava jogando umas coisas na parede e a tal de Sininho estava encostada na parede e os braços cruzados embaixo dos peitos como se nada estivesse acontecendo.

Eu chamei o Peter uma vez, duas vezes, três vezes e não teve a quarta tirei a minha arma das costas e dei um tiro pra cima. Se não escutou minha voz um tiro tenho certeza que vai escutar.

A Protegida do TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora