Peter
Assim que entramos em casa já sentei no sofá, a sininho ficou parada na porta olhando ao redor. A minha casa era grande e principalmente a sala, que era fácil compara com uma casa de novela. Olhando só fachada da casa você não dava nada, mas quando tu entrava aí a parada mudava, era tudo branco com os móveis da cor marrom claro, o sofá da mesma cor, a televisão ficava na frente do sofá, pendurada na parede, tinha cortinas do tamanho da parede na janela atrás do sofá, ao lado tinha um espaço e já logo começava a sala de jantar com 4 lugares, em seguida tinha uma bancada que dividia a sala para a cozinha no modelo americana.
A casa eu mostraria pra ela depois quero explicar a minha situação e saber porque ela está aqui. Então bati a mão no sofá ao meu lado e chamei ela.
- Emilly vem, precisamos conversar.
Ela demorou uns segundos pra sentar, mas assim que sentou, antes de começasse a falar eu comecei.
- Fadinha eu sei que eu deveria ter te contado antes, só que eu não sabia se você ia me aceitar, e eu entrei nisso por necessidade é claro que também pra proteger nós dois. Aqui eu sei que aqueles otários não vão te achar e nem te tocar.
Ela concordou com um aceno de cabeça e ficava olhando um ponto fixo atrás, já sei que quer chorar. Antes de chorar preciso saber porque ela está aqui.
- Mas depois desenrolamos esse assunto, agora me fala porque veio pra cá ?
Assim que perguntei ela já me olhou nos olhos.
- Então... Como posso explicar isso.
Ela abria e fechava a boca e ficava passando a mão na nuca.
- Fala logo Emilly, que porra.
- Tabom, vou começar já que se eu não fala você vai ligar pra Dona Rosângela e ela vai falar. Eu estava fazendo aulas de Jiu-jitsu e de tiro e...
- como é que é Emilly? Você estava fazendo tiro e Jiu-jitsu, e isso mesmo ?
- Você não e surdo e não me interrompe. Então a tia falou que ia te falar eu implorei pra não falar com você mas aí em um dia eu estava saindo da academia e dois caras que faziam aulas comigo aproveitam que eu entrei no estacionamento pra me abordar, só que como eu me assustei dei com o capacete da minha moto na cara de um deles.
Minha cabeça virou uma bagunça com essas palavras moto, academia, arma e luta, eu juro que tenho vontade de matar essa menina, pois o combinado foi ela ficar durante 3 anos lá pra fazer a maior idade e termina os estudos mas sempre sem chamar a atenção. Eu já estou andando de um lado pro outro e passando a mão no cabelo.
- Emilly e oque falta ?
- Ele está na UTI é o irmão dele é o gerente da boca lá de perto da casa da Dona Rosângela.
- E VOCÊ ME FALA ASSIM COMO SE TIVESSE FAZENDO SEI LA OQUE! QUE PORRA EMILLY
Olho pro lado e vejo um vaso pego ele ataco na parede. Sininho levanta e encosta na parede próximo a cozinha.
- QUE BOSTA EMILLY. E porque não me falou antes de vim ?.....
- RESPONDE CARALHO
- Porque um dos meninos que estava junto com no dia que eu bati, foi ontem a noite atrás de mim, pra me avisar pra eu sair fora que o gerente estava indo trocar ideia comigo, já que ele não acreditou na palavra do menino que estava junto.
- EU SO TE PEDI 3 ANOS COM O RABO EM CASA. POIS AQUI EU ESTAVA RECEBENDO AMEAÇAS E BATENDO DE FRENTE COM ESSES VERMES QUE TODA HORA VEM INVADIR A FAVELA. EU TOMEI UM TIRO CARAL...
Parei assustado pois escutei um barulho de tiro perto de mim, olhei pro lado e vi o Leão como sempre com uma cara de poucos amigos, sem camisa e com o boné virado pra trás
- Tá maluco Leão ?
- Maluco tá tu porra, gritando que nem um louco porra. Se acalma cuzao.
Eu percebi que além de andar de um lado pro outro eu quebrei algumas coisas, olho na direção da Emilly ela está encostada na parede com os braços cruzados embaixo dos peitos e com uma cara de nada, e essa expressão me faz lembra do dia que o desgraçado tentou estuprar ela. Os lindos olhos dela tinha uma dor que doía dentro da minha alma. Mas expressão dela era de nada. Não sei porque eu tenho essas coisas com ela, mas pode apostar faço qualquer coisa por por essa menina. Vou na direção dela e estico minha mão direita aberta com a palma da mão pra cima, ela sabe o que tem que fazer mas antes disso me olha nos olhos e vejo que aqueles olhos cor de mel voltaram com o brilho da minha fadinha Sinistra.
Ela pegou meu ante braço com a mão, segurei o ante braço dela também. Olhei meio que para baixo pois ela e baixinha, e comecei a falar:
- Desculpa meu descontrole, mas você sabe que me preocupo muito contigo e caralho sei lá me dá umas parada estranha só de pensar que tu pode passar tudo de novo e entrar naquela escuridão de novo.
- Eu sei Pan eu entendo, só que eu não posso ficar trancada na torre mais alta.
Eu e ela demos uma risada fraca pois ela sabe que minha vontade era essa mesmo, e ainda colocar um dragão na porta se desse, pois essa mina além de ter passado por uma pá de bagulho ela e surtada. A voz de leão tira nós dois da nossa sintonia.
- Bom já que acabou a patifaria, você vem comigo pra fazer umas parada lá em cima.
Já sabia que ele queria ir na boca e estava meio pá de falar na frente dela me despedi dela expliquei por alto onde era tudo e mandei ela ficar a vontade que mais tarde eu voltava.
Antes de sair pedi pra um dos moleque da boca subir as malas da Emilly pro 2 andar da casa e avisei que não era pra mais ninguém entrar ali além de mim e do Leão. Eu acompanhei o Kauê pro topo da favela.
Estávamos lado a lado, calados. A única coisa que se ouvia era o som dos carros com o som no talo. Funk rolava solto !
Escutei a música de um carro que estava um pouco mais a frente, olhei de rabo de olho pro Kauê e ele estava me olhando. Dei risada me liguei na hora que depois da nossa conversa ele ia querer machucar alguma xereca.
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A Protegida do Traficante
De TodoPROIBIDO PARA MENORES DE 🔞 Emilly e Peter foram criados em um orfanato e acabaram se tornando irmãos de coração. Mas como nada na vida e o que sonhamos, ela sofre uma tentativa de estupro e ele virou sub chefe de uma favela, onde o tráfico comanda...