Capítulo 16 - Doyoung

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[🐱]

Taeyong caminhava de um lado para outro. O papel com o desenho estava sobre a mesa, e ele tinha a mão no queixo enquanto pensava sobre o híbrido que estava por surgir.

Fazia algum tempo que Johnny tinha ido embora, e a cada segundo ele se sentia mais ansioso para a chegada de seu híbrido.

Um híbrido. Só seu. Para estudar e dar todo o amor do mundo.

Taeyong não podia estar mais feliz!

Como cientista, desde sempre ele teve uma fascinação por saber como seria um ser metade humano e metade animal. Se perguntava se daria certo, se não seria complicado, se o mundo aceitaria.

Além das inúmeras perguntas sem respostas que ele tinha: quantos anos sobreviveria? Poderia comer comida animal e humana? Iria envelhecer? Teria o mesmo tempo médio de vida do animal ou de seres humanos? Poderia transmitir raiva? Era perigoso de alguma forma? Conseguiria ser domesticado e ensinado como se comportar de forma humana?

De tantas perguntas ele tinha poucas respostas. Ele concluiu que híbridos poderiam agir como humanos, sabia disso pelo fato de Ten ser quase que completamente normal e possuir hábitos racionais. Também concluiu que a comida não importava muito, eles permaneciam bem independente da comida dada. E até o momento não sabia se eles poderiam transmitir alguma doença ou serem perigosos.

Pelo menos, Ten não era nada perigoso.

Sua ansiedade estava o consumindo. O sangue parecia ferver em excitação.

30 minutos.

40.

50.

1 hora.

Tanto tempo se passou e nada. Seus pés pediam para que ele sentasse.

Ruby ficava o encarando sentadinha no tapete. Sua cabeça tombou-se para o lado, e ela parecia confusa pelos atos estranhos do dono. Bem, talvez ela ainda não tivesse se acostumado totalmente com o jeito de cientista maluco que Taeyong tinha.

— O que foi? — Taeyong perguntou, ao perceber que a cadela não parava de o encarar. — Tá', eu sei. Eu estou obcecado por isso. — suspirou. — Eu sei, também estou cansado de ficar em pé.

Ele passou as mãos pelo rosto.

— Mas o que posso fazer? E se ele surgir e eu acabar perdendo? — colocou a mão na bochecha. — E se ele não surgir...? Ah, Ruby, estou preocupado! Não quero me decepcionar, mas... Droga, estou tão animado com isso.

A cachorrinha pareceu confusa, ela não entendia o que ele tanto falava. Coçou a orelha e saiu andando da sala, deixando o dono sozinho.

Taeyong finalmente sentou no sofá, com os olhos fixos no desenho.

— Foco, Taeyong, foco. Você não pode perder algo tão importante.

Uma ideia o veio à cabeça, e então ele percebeu que aquela era uma oportunidade praticamente única na vida.

— Preciso registrar!

Levantou apressado e correu para seu escritório, indo atrás de uma câmera para filmar tudo até que ele surgisse.

Acabou esquecendo onde tinha colocado a câmera, o que resultou em quase três minutos de procura. Enfim achou e saiu correndo do escritório, voltando para a sala.

Tamanho foi seu espanto — e frustração — ao ver um cara deitado no seu sofá. Quase deixou a câmera cair.

— A-Ah, caramba...

kitty! • johntenOnde histórias criam vida. Descubra agora