A Grande Final - Parte 2

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23 de maio de 2021

O grande dia havia finalmente chegado.

Era a hora de conhecer o campeão do Paulistão.

De um lado, o atual campeão Palmeiras lutava pelo vigésimo quarto título paulista. Do outro, o São Paulo buscava encerrar o jejum que já dura 8 anos. Poderia ser o vigésimo segundo título do clube.

As ruas de SP estavam diferentes. Havia nervosismo e ansiedade nos quatro cantos da cidade. Nos arredores do Morumbi, são-paulinos se aglomeravam para torcer pelo time. Os portões fechados devido a pandemia não impediram a torcida de comparecer naquele que poderia ser o dia mais importante do clube nos últimos anos.

Por todo Brasil, uma grande expectativa para a final. O país inteiro pararia pra assistir a decisão do mais importante estadual que temos. O primeiro jogo havia sido um fiasco pra quem esperava um bom futebol, mas o segundo prometia ser mais agitado, já que ambos precisavam do resultado.

Perto das quatro horas da tarde, as equipes entraram em campo.

Hino nacional, foto oficial, minuto de silêncio. Apita Raphael Claus. Começa o jogo.

O jogo estava de igual para igual, com o Palmeiras tendo uma leve superioridade.

Isso até os 36 minutos do primeiro tempo, quando a bola sobrou com Luan. Chutou, desviou, entrou. O volante de Cotia, elogiado por Abel no jogo passado, abriu o placar para o São Paulo.

A bola morreu nas redes do Morumbi após desviar em Felipe Melo, que havia tirado a bola da área no início do lance.

Um gol inexplicável. Sorte de campeão.

Durante o intervalo, Crespo chamou o atacante Luciano. "Vem, você vai entrar e vai fazer o gol do título.", disse Hernán. E fez.

Aos 31 minutos do segundo tempo, Luciano recebeu um presente de Rodrigo Nestor e empurrou para o gol. Naquele momento, nem o mais pessimista são-paulino ou o mais otimista palmeirense achava que era possível o título não ser do Tricolor.

Nos acréscimos, Crespo já comemorava com sua comissão. Assim que o apito final foi escutado, o grito saiu. É campeão!

Crespo havia encerrado uma seca de quase 9 anos sem conquistas. Um estadual que valia muito. Hernán estava feliz. Milhões de torcedores espalhados pelo Brasil e pelo mundo também estavam.

Já Abel, acumulava seu terceiro vice-campeonato em menos de 2 meses.

O Palmeiras parecia decair cada vez mais. O São Paulo, crescia e muito com o título. O futuro era incerto, mas muitos apostavam numa temporada gigantesca do time do Morumbi e numa crise no alviverde. Era o que parecia.

Mas, às vezes, nem tudo é o que parece.

Entre Rivais - Hernán Crespo & Abel Ferreira Onde histórias criam vida. Descubra agora