Poov Marcelly
Eram 6:00 em ponto quando partimos do Rio para São Paulo. Estava com tantas borboletas na barriga que pensei que tivesse um jardim dentro de mim de tanto nervoso. Porque que tinha que acabar assim? Logo quando descubro de sua própria boca , do homem que sempre desejei que sentisse afeto por mim, que me ama e ter que ir embora assim , sem intervir pois havia sido uma promessa que papai fez a seu ex-chefe, que quando eu completasse 17 anos eu devia ir pra esse colégio de merda,pois fazendo isso pagaria todas as dívidas com essa empresa.E quem se ferrou nesse rolo? Claro que foi eu. Deixar minha família e meus amigos foi uma tarefa complicada , mais vou superar, espero...! Desci do carro e papai me abraçou como se fosse o último, correspondi, pois iríamos demorar pra darmos outro desse.Nos afastamos depois de minutos e vi seus olhos cheios de lágrimas, ele pegou em minha mão e antes que eu pudesse falar ele se pronunciou. Júnior: Eu não queria que as coisas tomassem esse rumo, só que eu não tinha como evitar minha filha, desculpe-me , fui um fraco , mais saiba que é pra o seu bem e que sempre te amei e te amo eternamente minha menininha. Se cuida. Fiquei sem reação e só o abracei como uma criança indefesa e depositei toda minha tristeza em seu ombro, sem saber o que fazer e que saída tomar, ele beijou o topo da minha testa e disse que precisava ir.Simplesmente ele se virou , entrou no carro , buzinou e saiu cantando pneu.Acho que ele queria evitar mais sofrimento, até entendo pois a dor no meu peito está enorme , difícil de aguentar...
Caminhei um pouco mais e avistei bem lá em cima uma plaquinha e nela escrito: "sejam todos bem-vindos! " Pensei: Que tanta besteira e adentrei mais para dentro dessa prisão ou hospício, ah , tanto faz.
Cheguei na "Amada" escola , è muito bonita tenho que confessar , mas tinha muita gente estranha, e pelo o que eu via não ia me enturmar muito, pois aqui só tem filhas de papaisinho e mauricinhos, na entrada eu já conseguir ver isso , meu detector de patricinhas está ativado.
Entrei e todos os olhares caíram em mim, pois eu estava com um uma blusa cavada,um short curtinho e um vans. Fui até a diretoria falar com meu diretor, pra saber se eu iria dividir o quarto com alguém. Entro lá e dou de cara com um garoto lindo, estava com uma calça jeans, uma camisa linda ,um tênis verde, e era perfeito.
Fiquei encarando ele e o diretor perguntou o que eu queria.
Marcelly: Bom , vamos direto ao assunto. Você já deve saber que eu sou a nova aluna né?
Diretor: Sim você é a Marcely Bitencourt né?
Marcelly:Sim ,sou eu mesmo, prazer. E aquele garoto não parava de mim encarar.
Diretor: Prazer ,meu nome é César. Ah e seu quarto é o de número 12, e você irá dividir com duas garota. Paloma e Lorena. Boa sorte!
Marcelly: Ok , obrigada, é o jeito mesmo. Licença.
César: Filho , acompanha a garota por favor.
Garoto: Claro pai.
Ele deu uma risada linda.
Fomos andando e ele foi me falando mas dele. Só não me contou qual era seu nome.
Garoto: Pronto, esse é o seu quarto.Ta entregue linda.
Não acredito!Ele me chamou de linda.Oh my god.
Marcelly: Brigado. Ele beijou meu rosto e sorriu de lado.Idiota. E assim saiu me deixando sem chão.E sabe, não gostei da acelerada que meu coração deu logo quando vi ele... Não mesmo. ***************************
Não tinha entendido o disparate que o diretor havia me lançado : "Boa sorte" , hum, admito, isso foi estranho! Mais logo que adentrei o quarto vi que estava uma tanto encrencada, pois minhas companheiras de quarto eram ao contrário da ideia que tinha daquele colégio, nada de meninas certinhas e sim, verdadeiras prostitutas...
Fiquei na porta criando coragem para entrar naquele semi-cabaré , passando por lingerie e desviando de camisinhas, isso mesmo , camisinhas jogadas no chão, ek. Olhei cabisbaixa para as "santinhas" e soltei um oi, tudo bem? Elas responderam rapidamente e mesmo sendo doidinhas até gostei delas, mais sem esquecer que somos bem diferentes, o mundo delas é bem distante do meu e algo lá no fundo acha que isso não será uma boa combinação. Mais vou pagar pra ver e espero desesperadamente que eu esteja enganada sobre elas, mas vejo que esses dias que me esperam aqui não será tão harmonioso, não com aquele gato que nem sei o nome e muito menos com essas piriguetes e sim cheguei a uma conclusão: -Aqui é um hospício!! Pensei alto de mais e vi as duas se entreolham e me fixarem assustadas, mais depois caiem na gargalhada, duas piradinhas mesmo. Faço menção de me deitar, mas caio com tudo na cama e bato a cabeça na cabeceira , já imaginando que criaria um galo naquela região logo mais. Lorena ri alto e exclama: -Você chegou chegando em garota! Fala irônica. - Digna de palmas. -Saindo é que não seria né, sua vaca? Falo raivosa. Lorena faz força pra se levantar, mais só que Paloma a impede, pedindo calma. -Deixe, ela é nova aqui.Não tem culpa de saber que nós somos. -Verdade, mais vou jogar a real pra você menina, não mexe com nós, quem mexe com fogo se queima.Fica ligada. Imito-a com gozação e assim elas saiem, me deixando só e assim, meu pensamento reina novamente :Onde vim me meter? Mundo de patricinhas, com raparigas e mauricinhos, isso pode dar certo? A resposta é óbvia:Não. Esse lugar não é pra mim.Mais se pensam que vão me fazer desistir com essas ameaças baratas, estão enganadas, uma Bitencourt não desiste tão fácil... Principalmente quando estamos falando de Marcelly ...
Desculpem a demora. Estava sem ideia e como era eu que tinha que fazer, demorei um pouco, mais está aí, espero que gostem. Abraços... #Vic
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E de repente veio você .
Teen FictionMarcelly é uma garota com seus 17, um tanto complicada , marrenta e orgulhosa, que gosta de skate , que se identifica com aqueles 'loucos', mais não malucos mentais , e sim, os que gostam de curtir a vida sem limites. Mais também como toda adolesce...