10 - Em crescimento

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- Alô, Quil? - A voz de Ellen surgiu nervosa no telefone. - Será que você pode me ajudar?.

- Oi... Ahhhh - Não consegui reprimir um bocejo. - Claire está bem?. - Perguntei rápido, estranhando a ligação.

- Claro, claro, Claire está ótima... Olha, você lembra que hoje ia ter um passeio para a pista de patinação em Port Angeles?.

- Sim... - Respondi bocejando novamente.

- Desculpa te incomodar logo cedo, Quil, mas é que Claire só pode ir com a presença de um responsável, e eu tive um imprevisto e preciso correr para o trabalho. Será que você pode acompanhá-la?. - A voz de Ellen saiu constrangida.

- Claro! Sem problemas. - Falei me levantando da cama em um pulo.

- Obrigada mesmo, Quil! Claire estava chorando já aqui... - Meu coração se apertou só em pensar nisso. - Ela quer muito ir nesse passeio.

Me lembrei das nossas últimas conversas, onde a garota de onze anos não parava de falar sobre essa viagem.

- Você só precisa esperar na frente do Footwork. Claire vai te encontrar lá. E obrigada novamente, Quil.

O sol estava nascendo quando eu saí de La Push até o centro de patinação em Port Angeles. Foram quase duas horas dirigindo, mas não me importei.

Deixei Seth responsável pela oficina, e fui atender Claire. Ela sempre era a minha prioridade.

As coisas na tribo estavam mais tranquilas agora que os Cullens se mudaram. Uma parte deles foi para o Canadá, enquanto Jacob, Nessie e os dois bebês estão no norte do Maine.

Pelo visto, gêmeos são costume na família Black.

Rachel e Paul também tiveram dois filhos nesse tempo, e o meu irmão de matilha se "aposentou" para se dedicar exclusivamente  a família.

No final, ficamos apenas eu e Embry responsáveis pela oficina, enquanto Jacob gerenciava de longe. Mas, a situação com o Em está um pouco mais complicada.

Ele se afundou dentro de si mesmo e hoje está morando e estudando em Boston. Confesso que foi estranho me ver sozinho, longe dos meus dois melhores amigos, mas não havia muito o que fazer.

Eu também não poderia ficar longe de Claire. Por isso que no fundo, eu conseguia entender o desespero de Embry, e não julgava a sua decisão.

Suspirei pesadamente e vi o ônibus amarelo dobrando a esquina e estacionando ao lado do meu Mustang 68. Os meus olhos foram magneticamente atraídos para a garota com um pouco mais de um metro e meio descendo do ônibus com duas amigas.

Claire rapidamente encontrou o meu olhar e sorriu, correndo em minha direção. Seus braços rodearam rapidamente o meu corpo e dei alguns tapinhas no alto de sua cabeleira preta que mal alcançava o meu cotovelo.

- Quil, que bom que você conseguiu vir! Sério, você me salvou. - Ela falou animada já me puxando pela mão.

- Mas é claro que eu viria, Claire-ursinha!. - Falei carinhosamente.

Ela deu um beliscão em meu braço.

- Não me chame assim, Quil! - Reclamou cruzando os braços. - Você quer que eu seja zoada?.

Revirei os olhos.

Claire estava entrando na pré-adolescência e como qualquer garota da idade dela, temia ser envergonhada de qualquer forma.

Principalmente na frente de Collin, meu irmão de bando.

- Srta. Jhonson, esse é o Quil, o meu responsável. - Ela falou me puxando pelo braço.

QUIL ATEARA - O ImprintingOnde histórias criam vida. Descubra agora