Capítulo 6

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Estava escuro.

Lucien não conseguia ver nada além das sardas do céu noturno.

Ele sentiu algo, embora. Rastejando sobre suas pernas nuas, preguiçoso e luxuoso. Uma mão, ele notou. Uma mão forte e calejada; a de um homem. Estava andando sobre ele como uma cobra, mas ao mesmo tempo, leve como uma aranha. A mão abria um caminho pacientemente até chegar ao pescoço de Lucien.

Quando um corpo o pressionou na cama e ele sentiu o cheiro cítrico familiar, ele percebeu quem estava sobre ele; o Grão Senhor da Corte Noturna. Um gemido escapou da garganta de Lucien. Finalmente, depois de tanto desejo correndo em suas veias, ele estava conseguindo o que queria.

Ele ficaria cego na escuridão de Rhysand. Ele ansiava por isso.

Ainda tonto por causa do sono, o rosto borrado de Rhys apareceu sobre ele. Seus olhos violetas eram mais claros que o lago mais puro, seus lábios estavam ligeiramente entreabertos, deixando seu doce hálito roçar no rosto de Lucien. Ele estava deslumbrante como sempre, ainda mais com os cabelos bagunçado.

Lucien queria beijá-lo.

Mas quando ele se curvou para o beijo, Rhysand colocou um dedo na boca e sorriu, voltando para passar a língua no pescoço de Lucien.

"Você é tão delicioso, pequeno Lucien", o Grão Senhor ronronou contra o ouvido de Lucien; suas cinturas acompanhando o ritmo de suas respirações.

Lucien queria mais. Ele queria tirar suas roupas e beijar Rhysand até que ambos estivessem sem fôlego com a cabeça nas nuvens. Mas Rhys não parecia querer isso, ele estava lento, muito lento, beijando e mordendo o corpo de Lucien como se fosse uma sobremesa.

"Por favor" Lucien deixou escapar quando a boca de Rhys pressionou o volume sobre a cueca de Lucien. Ele podia sentir o hálito quente de uma risada.

Desgraçado.

Mas Rhysand não se moveu, nem sua boca. Quando Lucien olhou para baixo para ver o que aconteceu, ele encontrou os olhos violeta olhando para ele, uma promessa de uma pequena morte. Rhys sorriu contra o pau de Lucien antes de passar as mãos por baixo das calças.

"Eu não sabia que você poderia dizer tal palavra, Lucien" Rhys brincou enquanto acariciava o pau de Lucien; um golpe longo e cruel.

Inconscientemente, Lucien moveu a cintura, levando Rhys a prendê-lo com força contra o colchão. Outro gemido escapou de sua boca. Isso era uma brincadeira tão cruel.

Mas Rhysand entendera. Ele começou a pressionar o membro de Lucien mais forte e mais rápido. Cada movimento uma fonte de alívio e prazer, deixando a mente de Lucien viajar do céu noturno para a pressão em torno de seu pau. Cada vez melhor, melhor e melhor.

Ele podia sentir chegando, a descarga de adrenalina correndo em suas veias, o suor escorrendo em seu pescoço e a pressão de seus corpos se conectando quase como se fossem um.

E então tudo foi uma explosão de preto e branco.

O orgasmo levou Lucien mais e mais fundo na escuridão até que ele se perdeu na sequência de sonhos calmos. Quando acordou coberto de suor na manhã seguinte e não encontrou nenhum sinal de Rhysand, duvidou que o que acontecera fosse real.

XXX

"Você parece ... revigorado."

Foi a primeira coisa que Lucien ouviu pela manhã. Tamlin estava esperando por ele no Jardim das Rosas. Secretamente, aquele lugar era um dos favoritos de Lucien. Mesmo que sua mãe não gostasse muito de rosas, a flor traria para Lucien o sentimento dela. Caminhar entre eles era, de alguma forma, estar perto de sua mãe.

A Raposa da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora