Há uma dinâmica simples que dita os beijos, de forma geral ela ocorre com duas bocas, um par de línguas e desejo. Explicando parece algo fácil, algo comum; mas se esse era o caso, por que raios Cheng sentia um arrepio gostoso subir pelo corpo a cada vez que um novo beijo de Xichen era dado? A sensação era indescritível. Era por gostar dele ou pelo Lan ser tão estupidamente bom no que fazia? Tudo o que sabia é que nunca em toda a sua vida, beijar tinha sido tão bom.
A expressão "derretido" não chegava nem aos pés do que sentia naquele momento. Os toques se aprofundavam a cada instante e uma sensação de euforia lhe tomava o peito.
Xichen beijava seu pescoço deixando marcas que contariam mais do que estaria disposto a explicar no dia seguinte, apertava sua bunda ainda escondida pela roupa, acariciava o quadril, arranhava a nuca de leve... Se ele lhe pedisse qualquer coisa naquele carro àquela noite, ele teria dado, independente do que fosse.
O mais velho todavia tinha uma ideia diferente, a começar pelo fato de que não se contentaria em tê-lo em mãos uma vez apenas, e se transassem no carro seria exatamente isso, não é? Uma foda inesquecível em uma noite deliciosa.
Nada disso, ele não estaria satisfeito com uma só vez, uma só noite, e tinha plena ciência disso. Sentir Jiang Cheng totalmente entregue em cima de si, rebolando instintivamente em sua ereção, corado e ofegante era algo que queria sim gravar na mente, mas que também queria para si.
Como aceitar que outros poderiam vê-lo daquele jeito? Os suspiros audíveis e a forma como se agarrava em si ao receber mesmo o mais leve dos estímulos... Não, Cheng havia lhe dado uma chance e não a deixaria escapar tão fácil.
Xichen envolveu a mão nos cabelos arrepiados do Jiang e os puxou com força, nada que fosse machucá-lo, mas o suficiente para que inclinasse a cabeça e se movesse um pouco mais depressa em seu pau.
"Ah, se ao menos estivéssemos sem roupa...", pensou, enquanto o tomava em um novo beijo de pura fome.
Cheng sentiu-o segurar sua cintura com ambas as mãos, apertando, para então descê-las até seu quadril e auxiliar com a fricção. A resposta do mais novo veio ao segurar seus ombros e gemer em sua boca. — Huan... — O nome dançou em seus lábios de forma lasciva, e fez com que por um minuto tudo parasse.
Incapazes de quebrar o contato visual, fitaram-se longamente. Xichen não tirou os olhos do mais novo a não ser para piscar, ainda assim, sua destra desceu até o cós da calça do parceiro. Cheng arfou em antecipação e inclinou-se um pouco para trás, apoiando ambas as mãos nos joelhos do mais velho. Seja lá o que ele quisesse fazer, tinha livre acesso ao seu corpo.
Com um sorriso ladino no rosto, o Lan desabotoou sua calça e desceu o zíper. Continuavam se encarando, o Jiang mordia o lábio inferior.
— Wanyin, você é delicioso... Quero te comer inteiro. — Sussurrou, ainda sorrindo. Sua voz trêmula e rouca de tesão. Liberou o pênis do outro ao mesmo que abria a própria calça e liberava o seu. - Por favor, lambe. — Estendeu a palma.
Cheng piscou sem entender, mas obedeceu. Lambeu generosamente a mão alheia que sem delongas uniu ambas as excitações, mesclando a saliva com pré-gozo para começar a bater.
Se alguém tivesse dito ao Jiang que terminaria a noite no carro, sendo masturbado por Lan Xichen depois de terem ido numa balada, ele jamais teria acreditado. Ainda assim, lá estava ele, sentindo o pau pulsando em contato com o do mais velho e sua mão que, porra, trabalhava bem demais.
E novamente estavam se beijando como se suas vidas dependessem disso. Os movimentos se tornaram frenéticos, vez ou outra os beijos eram quebrados por gemidos que teimava em escapar. Quando estavam prestes a gozar, Cheng ouviu-o murmurar depois de chupar sua língua:
— Posso te ver amanhã?
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Respire
RomanceXichen precisa de um lembrete frequente de como agir normalmente ao redor de seu crush, Jiang Cheng. Cheng lhe tira o fôlego, literalmente. Estar perto dele é ter que se lembrar de respirar. (Xicheng)