One More Night

4. Eu ainda te amo

Demi

Joseph sempre foi bagunceiro. Eu sempre brigava com ele por causa disso e ele sempre dizia: "amor, eu me acho na minha bagunça."

O quarto dele está uma zona, a mala está no chão e há algumas roupa espalhadas pela poltrona que tem perto da cama. A toalha molhada está em cima da cama e os sapatos um par em cada canto. — Sempre bagunceiro. — Falo com um leve sorriso no rosto, tendo um leve flashback na cabeça.

— Eu me acho na minha bagunça. — Ele diz e eu dou uma risada sarcástica. Caminho até o banheiro com minha toalha no ombro e uma troca de roupa.

Aquela era primeira vez que tínhamos uma conversa descontraída que não fosse sobre trabalho. Respiro fundo quando a água quente entra em contato com meu corpo. Deus, eu faria qualquer coisa para tê-lo de volta.

Eu queria poder sentir os lábios dele novamente nos meus, queria poder andar de mãos dada com ele por aí, sorrindo como os dois idiotas apaixonados que éramos. Por que eu tinha que estragar tudo? Deus, eu queria tanto poder voltar no tempo e mudar tudo apenas para tê-lo ao meu lado.

Termino meu banho poucos minutos depois, visto minha camisola, saio do banheiro com a minha toalha no braço, meus cabelos estão presos num coque alto. Meus olhos focam em Joseph sentado na cama sem camisa, ele está mexendo no celular. Eu encaro o peitoral dele e mordo o lábio inferior, sinto falta de sentir os braços fortes me abraçarem como se quisessem me proteger do mundo, do jeito que só ele sabia fazer.

— Obrigada. — Falo e ele assente me encarando. Nossos olhos se encontram e eu sinto borboletas no meu estômago como eu sentia quando ainda estávamos nos conhecendo. — Joe. — Eu não sei bem o que dizer, respiro fundo quando sinto minha súbita vontade de chorar. Ele levanta e vem em minha direção, sinto meu coração acelerar, eu odiava sentir falta dele. — Eu sinto sua falta. — Falo sem nem perceber.

— Acho melhor você ir para o seu quarto. — Joe diz e eu seguro o braço dele quando ele tenta passar por mim. — Demi... — Joe diz meu nome como se quisesse me alertar, mas eu não estava pensando em nada mais que não fosse matar a vontade que eu estava sentido dele. Eu fico na ponta dos pés e o puxo para mim colando nossos lábios.

É como beber água depois de passar semanas em um deserto.

Aprofundo o beijo e toco o peito dele com a minha mão enquanto a outra está na nuca dele, o puxando para mais perto. Ele me encosta na parede e desce a mão pela minha coxa, subindo logo em seguida para apertar meu bumbum. Com um impulso, eu entrelaço minhas pernas em volta da cintura dele.

Era como se eu estivesse ganhando vida novamente.

Nosso beijo é intenso e demonstra o quanto sentimos falta um do outro, eu passo as unhas nas costas dele e gemo baixinho o nome dele. Suspiro quando ele desce os beijos para o meu pescoço, a língua quente me faz queimar e eu só consigo pensar em como eu o queria.

Joe volta a me beijar levando a mão até minha nuca, apertando o meu cabelo. Eu desço a mão até o cós do short dele e abro o botão.

— Eu não posso fazer isso. — Ele diz de repente e me solta. — Eu não vou fazer com Amanda o que você fez comigo. — Joe diz se virando de costas. Ali eu sinto como se ele tivesse enfiado uma faca no meu coração.

— Você não a ama, eu sei que você está usando ela para tentar me esquecer. — Falo me sentido frustrada, triste e irritada.

— Eu vou aprender a amá-la, Amanda não merece passar pelo o que eu passei com você, eu não desejo para o meu pior inimigo, nem mesmo para você.