Fim.

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Joe

Estaciono o carro na minha garagem e suspiro. São onze horas da noite, eu não costumo chegar tão tarde assim, mas fiquei preso em uma reunião com um cliente insuportável. Saio do carro ativando o alarme e entro em casa pela cozinha, coloco as pastas que estão em minhas mãos em cima do balcão e vou até a sala.

Demi está sentada no sofá cochilando enquanto passa um episódio de Friends na televisão.

Eu abro o nó da minha gravata e me aproximo beijando sua testa carinhosamente, Demi se assusta abrindo os olhos e depois sorri cansada. — Você chegou. — Diz com a voz sonolenta.

— Cheguei, amor. — Falo lhe dando um selinho demorado. — Thomas está dormindo? — Pergunto desabotoando minha camisa. Demi assente bocejando.

— Não, Joe. Você não vai acorda-lo. — Diz de forma autoritária e eu arqueio a sobrancelha. — Eu demorei para conseguir fazer ele dormir, e sempre que você entra no quarto ele acorda.

— Isso é uma calunia, baby. — Falo fingindo estar ofendido mesmo sabendo que era verdade. — Eu só vou vê-lo, nem vou toca-lo, eu passei o dia fora e estou com saudade. — Demi nega com a cabeça e eu continuo: — Vá descansar... eu cuido de tudo daqui para frente. — Lhe dou outro selinho e Demi assente subindo as escadas para o quarto.

Eu subo logo em seguida, entro no quarto do pequeno Thomas em passos lentos e cuidadosos. O quarto está escuro apenas um pequeno abajur com a luz clarinha ilumina o quarto, eu sorrio e vou até o berço.

Thomas dorme enrolado em sua manta. Eu sorrio com o coração acelerado, como eu amo aquele pequeno garotinho. O dia que ele nasceu foi o dia mais feliz da minha vida, e eu nunca pensei que seria capaz de amar alguém daquela forma. E isso porque ele só tem três semanas de vida.

No começo foi um pouco difícil nos acostumar com um bebê, não sabíamos muito bem o que fazer, mas estávamos mais familiarizados e ficando expert.

Eu sei o que Demi disse, mas eu não consigo resistir. Devagar, eu levo a mão até o rostinho delicado e acaricio suavemente. Eu não consigo acreditar que eu e Demi fizemos isso, que do nosso amor saiu algo tão lindo.

— Oi príncipe. — Falo baixinho passando a mão pelo cabelo dele. Thomas se meche, abre os olhinhos e como se Demi tivesse uma bola de cristal, ele abre um berreiro. — Não, não chora. — Começo a me desesperar. — Sua mãe vai arrancar minhas bolas. — Resmungo o pegando nos braços, coloco a chupeta na boca dele novamente e o balanço dando leve tapinhas no bumbum dele.

— Joe! — Demi diz brava na porta do quarto. — O que eu te disse?

— Não se preocupa, querida. Eu te disse que iria cuidar de tudo, pode voltar para o seu banho relaxante e assim que eu fizer esse pequeno voltar a dormir, será um enorme prazer meu juntar a você. — Pisco de um jeito charmoso ainda balançando Thomas. Demi sorri e sai do quarto nos deixando sozinhos. Eu me sento na cadeira de balanço com Thomas e o deito no meu peito, me balançando vagarosamente para frente e para trás.

— Você precisa voltar a dormir, garotão. — Digo acariciando-o. — Sua mãe está esperando por mim, você tem que colaborar com o papai. — Brinco sorrindo quando Thomas para de chorar. Não sei quanto tempo fiquei naquela cadeira balançando Thomas, mas quando ele dorme, eu adormeço junto com ele.

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