Impremeditado

Capítulo oito

"Fale comigo, sem você, eu não consigo respirar
Minhas horas mais sombrias
Garota, eu me senti tão sozinho dentro desta sala lotada
Garotas diferentes no chão, distraindo meus pensamentos sobre você"
After Hours - The Weeknd.

Leon Howard

Rosalie Bianchi não sai da porra dos meus pensamentos.

E isso me deixa puto porque a mulher não suporta meu jeito de ser e eu não tenho paciência para lidar com ela. Nunca tive. Sei que o que pensa de mim envolve tudo do pior. E eu estou pouco me fodendo.

Mas depois que ela sentou no meu colo, cacete, aquilo me deixou louco e intrigado. Não posso negar que ela é gostosa pra caralho, sem mencionar o fato de que é linda, mas isso não supera seu jeito prepotente.

Reviro os olhos quando escuto o gemido da garota que está com suas pernas abertas na minha frente.

— Vem, Le...

— Não vai rolar, foi mal. – Me levanto, caminhando até a porta e abrindo a mesma.

— O que?! – Ela grita, ofendida. Quando percebe que continuo com a porta aberta e a mesma expressão, ela recolhe suas coisas enquanto desfere xingamentos contra mim.

Eu apenas fecho os olhos e respiro fundo, procurando paciência.

Josy, ou Jessy, sei lá, passa por mim bufando, descendo as escadas rapidamente e batendo a porta da frente.

Eu apenas desço as escadas, encontrando os caras na cozinha.

— Que porra foi essa? – Jensen pergunta.

— Mandei ela ir embora. – Dou de ombros, pegando uma cerveja na geladeira.

— Cara, qual é o seu problema? Josine é gostosa pra caralho. – Logan comenta, me olhando horrorizado.

— Não estava com vontade. – Balanço a cabeça em negativa quando Bradley me oferece o baseado. – Você não tinha parado de fumar essa merda?

— Eu vou parar, cara. — Ele se joga no sofá enquanto me olha. — Estou fumando esse para limpar a mente.

— A ruivinha doida está te dando trabalho, irmão? – Logan pergunta. 

— Que nada. — Ele balança a cabeça. — Limpar a cena que vi mais cedo da Rosalie. – Ele parece totalmente incomodado.

E inferno, a menção da morena consegue toda a minha atenção. 

— O que rolou? — Pergunto, me jogando na poltrona que tem no canto da sala.

— Ela teve uma crise enquanto voltava para casa. A marca do pneu na pista até o acostamento mostrou que ela não perdeu o controle por pouco. — Ele balança a cabeça, agoniado. — Quando chegamos lá, ela estava tão... — Ele movimenta as mãos, como se pudéssemos interpretar. — Tão... Cara, eu não sei nem como falar. 

Eu sei como ela estava. 

Porque ela estava exatamente igual quando a encontrei do lado de fora da pizzaria naquela noite. A diferença foi que cheguei depois do desmaio.

Eu perdi a maldita aposta que fiz com os caras sobre o jogo dos Patriots e tive que sair no meio da tempestade para buscar pizzas. 

E nunca agradeci tanto por ter perdido uma aposta. 

Aquela noite ainda está clara na minha mente. Eu estava chegando quando observei ela gritando com um cara que estava com uma garotinha no colo.