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-oi Henry, o que faz aqui? também achou essa festa um tédio?-ele se vira para mim e ri nasalmente
-tenho certeza que não estou tão entediado quanto você-ele fala e eu rio ficando na sua frente
-você ainda não respondeu minha pergunta, por que está aqui fora sozinho?
-agora que você esta aqui, não estou mais sozinho, não é? estou aqui pelos mesmos motivos que você
-ta bom, não está mais aqui quem falou-levanto as mãos em rendição e ele ri
-você é mesmo cheia de surpresas Kat-ele fala chegando cada vez mais perto de mim
-por que acha isso?-pergunto
mas antes que ele consiga responder, reconheço a voz feminina mesmo de costas.
-own, vocês são tão fofos juntos, se a Katherine não fosse exatamente falsa e maléfica igual a mãe, eu diria pra você investir nela Henry-Yasmine fala num tom de voz extremamente fino e irritante e depois faz uma expressão de nojo-o que acha James?
James surge ao lado de Yasmine com uma mão em sua cintura e a outra no bolso de sua calça.
-acho que Henry deveria tomar cuidado-ele diz e depois olha pra mim-sabe como é né Katherine, nós nunca sabemos em quem podemos confiar
eu reviro os olhos e quando estou pronta para retrucar, tia Helena aparece me chamando:
-Kat, entre por favor, ja ficou tempo demais aqui fora, você também Henry, sua mãe está te procurando-ela diz e logo eu e Henry voltamos para dentro
a festa no castelo não demorou muito para acabar, mas a cada segundo que eu estava la, parecia uma eternidade.
quando eu estava indo embora com minhas tias e minhas irmãs, eu vi Yasmine e sua mãe puxando o saco de Anna, elas acham que se Anna gostar delas, podem convencer James a se casar com Yasmine, a familia dela também é bem importante aqui em Springfield, são muito ricos, chatos e nariz empinado, mas acho que nem mesmo Yasmine consegue superar a família de James.
chegamos em casa exaustas, tomamos banho e fomos dormir, bom eu pelo menos tentei.
desde que chegamos em casa, eu não consegui parar de pensar no pequeno tempo que dancei com James, tudo foi muito rapido, mas só de pensar na proximidade que estávamos e nas mãos deles em meu quadril me girando, eu tive uma vontade enorme de gritar, queria apagar isso da minha mente pra sempre, eu acho.
eu e ele só temos uma coisa em comum, não nos suportamos, ele me odeia e eu odeio ele, e pra sempre vamos permanecer assim.
no dia seguinte não tinhamos nada pra fazer, então a tia Helena sugeriu irmos ao parque fazer um piquenique ja que ela não iria abrir o bar hoje.
todas nós aceitamos, meio que virou uma rotina, toda vez que a tia ficava em casa, nós íamos ao parque fazer um piquenique ou levar as gêmeas pra brincar.
-ja esta tudo pronto meninas?-a tia Helena pergunta pegando sua bolsa
-sim tia, já colocamos tudo na carruagem-Kate responde
-então vamos logo-a tia fala e as gêmeas vão correndo pro carro
chegando lá, colocamos o piquenique na grama perto dos brinquedos onde as gêmeas adoram ficar, elas chamam a tia Helena pra brincar com elas no balanço e a nossa tia vai na maior felicidade, desde a morte da mamãe, as meninas ficaram desesperadas por uma figura materna, a tia Helena e Kate tentaram de alguma forma suprir essa necessidade, esse sentimento de "falta" de amor que elas sentiam, nos primeiros meses foi bem dificil, pra todas nós na verdade, mas superamos isso, tivemos que ser bem fortes, doeu muito, não vou mentir, ainda dói, mas uma hora passa.
eu acho linda a forma como a tia Helena cuida de nós, sempre com muito amor e carinho, ela nunca reclama, quase nunca briga, e demonstra nos amar na maior parte do tempo, exceto quando eu e Karol colocamos farinha no seu secador de cabelo, ai ela virou uma fera, mas fora isso eu sou muito agradecida por ter a tia Helena conosco, ela nunca teve obrigação e mesmo assim quis ficar e cuidar da gente, me sinto feliz perto dela, ela é a unica familia que nós temos e ela sempre diz que uma tem que proteger a outra independente de tudo.
depois de um tempo a tia e as meninas vem para comer e descansar um pouco, acabou que até eu e Kate entramos nas brincadeiras, todas estamos muito cansadas, assim que começa a escurecer, a tia Helena pede pra que a gente arrume as coisas para ir embora, pouco tempo depois que entramos na pequena carruagem, as meninas capotam de sono, depois de tanto brincarem, estão exaustas.
-espero que tenham gostado do dia de hoje meninas, amo quando estamos reunidas-tia Helena diz passando as mãos nos cabelos de Karol que adormeceu em seus braços.
-nós também adoramos ficar com voce tia-digo e ela sorri
e assim foi mais um dia in-comum de amor e alegria para as mulheres da familia Bly.
