Erros cometidos no passado podem ser perdoados e superados?
Sara, que vive a anos na graciosa Marselha, na França, vê-se forçada à voltar ao Brasil com o casamento de Júlia. O tempo cobra dela a dívida de não ter contado ao seu ex que eles tiveram u...
" Ei Fiz questão da promessa lembrar Tu jurou minha mão não soltar E se foi junto dela Ei Cê não sabe a falta que faz Será que teus dias tão iguais? Eu me pego pensando
Ai, amor Será que tu divide a dor Do teu peito cansado Com alguém que não vai te sarar? Meu amor Eu vivo no aguardo De ver você voltando Cruzando a porta
Ei Diz pra mim o que eu quero escutar Só você sabe adivinhar Meus desejos secretos Ei Faz de conta que não percebi Que você não esteve aqui Com teu jeito singelo."
- Ai, amor, Anavitória.
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- Jane, não é o fim do mundo.
Bruno teve vontade de revirar os olhos com o drama da amiga/noiva/sócia mas não fez isso. Tinha medo de como ela o faria morrer por aquilo. Jane achava ofensivo revirar os olhos, como se a pessoa estivesse debochado do que ela disse, o que não costumava ser o caso. O ponto é que ele estava acostumado a fazer isso, que nem percebia e isso perto dela poderia ser danoso a sua saúde.
Jane arrancou os óculos do seu rosto com brutalidade. Ela não estava nem aí que estava em público e que alguém pudesse tirar fotos tendenciosas deles. Bruno estava enchendo a paciência dela e tudo o que ela pensava que iria ter esperar até o jantar para matá-lo. Sangue antes da sobremesa pode fazer mal. Teve vontade de xingar ele com os palavrões que aprendeu nos últimos meses em português, mas se conteve. Estavam no aeroporto internacional de Singapura e havia muitas pessoas passando por ali. Alguém poderia entender o que ela dizia.
- Bruno, não sei porquê você acha que tem que conhecer a minha família.
Bruno ficou admirado com o seu rápido autocontrole. Quando ela tirou o par de óculos do rosto, ele pensou que ela iria arremessar nele.
- Achei que esse era o propósito dessa viagem. Por acaso, não é?
- Não.
- Ah, eu não sabia disso.- Ele foi pego de surpresa com essa novidade.- Então, por que estamos aqui?
- Para você conhecer aonde eu cresci.
- Eu vou conhecer aonde você cresceu e não vou conhecer sua família? Isso não faz sentido.- Franzi o nariz em desagrado.- Uma coisa está diretamente ligado à outra.
- Bom, para mim, tem sentido.
- Então, eu não entendi.- Contorceu o rosto.
- Eu não tenho uma boa relação com a minha família.- Ela olhou para Bruno, com o rosto enjoado.
Não gostava de admitir isso em voz alta. Apesar da turbulência inicial que ela presenciou assim que passou a conviver com os Walsh, tinha que admitir que eles lidavam muito melhor uns com outros do que sua família. A menor das crises já era o inferno na terra entre os Young e agregados.
Bruno se acomodou na cadeira do café, aonde estavam sentados. Aquilo ficava mais confuso a cada segundo. Parecia conversa de maluco. É bom, os dois eram bem malucos. Ninguém se poria em risco como os dois fizeram e faziam. Porém, mesmo assim, ele mal entendi o que ela dizia, muito menos aonde queria chegar.