Capítulo 04: Homem misterioso

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Houve uma época na casa do papai, estava habituada a ser acordada com uma guerra de gatos no telhado do meu quarto, todo dia ficava de mal humor por conta disso

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Houve uma época na casa do papai, estava habituada a ser acordada com uma guerra de gatos no telhado do meu quarto, todo dia ficava de mal humor por conta disso. Os vizinhos também reclamavam bastante, jamais apoiei que machucassem os animais, no entanto, chegou um dia que foi extremamente necessário jogar água fria neles, foi desse modo que nunca mais eles foram brigar nos telhados alheios. E era muito irritante. E agora morando aqui, estou começando a ter diferentes humores, fascinante.

Parei em frente ao espelho observando os fios do meu cabelo arrepiados e ressecados precisando urgentemente de hidratação, dessa vez dou de ombros voltando ao banheiro. Após fazer minhas higienes, lembrei que hoje é sábado e não tem aula, seria uma boa ideia sair para relembrar os lugares que eu ia quando criança, alguma coisa preciso fazer hoje. Vestida no meu moletom, um short jeans e cabelo amarrado, desço a escada procurando escutar as vozes femininas em algum dos compartimentos, quase entrando na cozinha me esbarro com minha mãe.

Ela sorriu disfarçando o susto que levou e para tentar amenizar lhe abraço levemente dando um beijo em sua bochecha, são tipos de atitudes que é difícil eu praticar com frequência, por isso a expressão confusa da mais velha para mim se formou logo em seguida.

— Devo me preocupar? — Cerrou os olhos.

— Com o que exatamente? — Dou uma de desentendida. Natalie arqueou imediatamente a sobrancelha.

— Cami eu te conheço, não costuma ter esse tipo de atitude. — Argumentou. Suprimir os lábios, saindo da sua presença.

Caminho pela casa à procura de Lydia, e justo a ruiva está ajeitando seu cabelo num belo penteado – de uma coisa tenho certeza, não sei fazer esses penteados que a Lydia faz! –, me aproximo dela e toquei seu ombro, depositando um beijo em sua testa. Pude sentir seu olhar sobre mim, seu semblante está com um ponto de interrogação pela ação que fiz.

Como eu disse, não pratico com frequência.

Antes de sair para fora, dou uma última olhada vendo que Lydia está sorrindo com uma expressão confusa, mas feliz ao mesmo tempo. Do lado de fora da casa, o sol não está fritando ninguém, por isso me sento na grama olhando pro magnífico céu azul que está limpo sem nenhuma nuvem, o raio solar sobre minha pele não está ruim, chegando a ser confortável.

Deitada sobre o chão frio, lembro que uma certa vez que o papai fez isso junto comigo, foi resultado de um dia cansativo e divertido. Sinto uma estranha sensação de estar sendo observada, causando um incômodo dentro de mim, então para minha segurança resolvo voltar para dentro de casa. Bem próxima à porta, meu subconsciente diz para olhar para trás e quando faço tal ação vejo o mesmo homem que vi ontem, perto da árvore na escola.

Horripilante para dizer o mínimo!

Eu queria confrontá-lo e perguntar qual é o problema ou motivo para estar me perseguindo, mas parece uma péssima ideia a ser levada em consideração.

Camilla Martin - A Nova Banshee Onde histórias criam vida. Descubra agora