Amor e Corridas | Max Verstappen

Capítulo 18 - Distância

Cause' if there's one thing we're told, "c'est la vie"

But I miss you more each day you're not with me

And just know when I sleep

That I'm dreaming of the only place I wanna be

And where I wanna be is next to you

- New West

Acordar. Comer. Correr. Treinar. Ficar sozinho. Essa era a vida de Max Verstappen enquanto a primeira semana das férias chegava ao fim. As pessoas com quem se importava estavam longe, então ele permaneceu com sua rotina em casa. Estava assistindo TV quando uma mensagem de Daniel foi notificada.

Daniel: Entregue.

Max encarou a tela do celular, mas não sabia o que responder. Pedira a Daniel um favor e tinha certeza que o amigo cumpriria. Não havia mais o que pudesse fazer.

Desde a última festa ele estava irritado consigo mesmo e suas atitudes impulsivas, ao mesmo tempo em que sua mente acreditava que fizera a coisa certa. Terminar com Kelly foi o melhor caminho para ambos. Ele não conseguia imaginar um cenário onde contar a verdade fosse menos doloroso para ela, mas se ressentia por magoar a ex-namorada.

Max não havia conversado com ela desde então - não por falta de tentativa. Tentou ligar e foi até a casa dela, mas ela já havia viajado. Ele queria se desculpar novamente, e tentaria o possível para que ela o perdoasse.

A outra atitude impulsiva da qual se arrependia fora o beijo entre ele e Elisa. Ela também não respondia às tentativas dele de se desculpar, não atendia suas ligações e nem respondia as mensagens. Se pudesse voltar no tempo, teria feito tudo diferente.

Aquele, porém, estava sendo um dia pior do que os outros. Era o aniversário de vinte e três anos de Elisa, e o rosto dela aparecera algumas vezes em suas redes sociais. Tentou, impulsivamente, ligar para ela, mas ouviu a mesma voz eletrônica das outras vezes.

Daniel estava em Mallorca com Luísa - estavam sempre juntos desde o início das férias - mas o interesse de Max não estava no roteiro de viagem do amigo. Daniel e Luísa estavam na ilha para comemorar o aniversário de Elisa. Sabendo disso, Max pediu para Daniel entregar a ela o presente que comprara, ou pelo menos parte dele. Ele havia tido a ideia antes da briga, então achou que deveria entregar. Queria parabenizá-la pessoalmente, de preferência com um abraço demorado enquanto os dois se beijavam, mas era apenas um desejo que dançava em sua imaginação.

Na solidão do apartamento, ele sentia falta da companhia dela, das provocações e conversas intermináveis e de olhar para cada detalhe do seu rosto. Sentia falta das reclamações e de quando conseguiam se entender apenas com um olhar, e como ficava leve, animado e feliz com ela.

Era como se ele tivesse vivido por muito tempo debaixo do céu nublado até Elisa surgir como o sol. Quando ela entrava em qualquer lugar que ele estivesse, sentia seu corpo reagir, atraído como ímã.