Borboletas Podem Magoar

3. Aniversário de término▪︎

Quando disse que te amava,
senti que ao pé de ti era o meu lugar
não queria um namorado
mas sim um amigo,

como éras sempre que podias,
abraçavas-me sempre que
o meu mundo desmoronava
e eu fazia o mesmo.

Sempre presente,
te amei sem limites
Sem dimensões e sem medidas
apaixonar-me foi um dano colateral.

Mas quando disseste:
[Não sei se é isso que quero]

Mataste tudo,
que havia em mim.

À princípio achei
que estivesses a brincar
demorei dias para acreditar,
mas no final percebi que
era real
desististe de mim.

Então, era tudo mentira?

Um milhão de
pensamentos invadiram a minha mente,
pensamentos que procuravam
justificar a tua atitude
ou

encontrar o meu erro.

Onde será que errei?

De que serviram esses anos todos?
É assim que acaba?

Era um jogo da conquista?
sentiste-te um vencedor,
depois de conseguires o que querias?

Perguntas e mais perguntas
e não respondeste nenhuma,

pedi-te explicações,

disseste que estavas carente
que só "eu" podia matar a carência

Não imaginas o peso dessa frase
proferida por ti,

Então era essa ideia que tinhas de mim?
alguém para matar a tua carência?
era tudo o que querias de mim?
foi tudo mentira?

Preferi acreditar que havia,
algum motivo,
era melhor assim
do que pensar coisas
que nem me atrevo a escrever.

olhar para a tua cara era uma tortura
e ainda tinhas coragem de me dirigir palavras, como se não tivesses feito o suficiente...

Eu não te odeio, mas
odeio o que fizeste comigo
odeio a forma que você me deixou
odeio todas às vezes que você disse que me amava,
porque não foste capaz de o fazer,

odeio ter ficado mal por tua culpa,
e principalmente
odeio ter perdido um grande amigo.

Eu não queria,
mas como não lembrar
de uma situação traumática?

Recordações,
são pedaços de cacos que
te rasgam a alma lentamente.

●

In another Life, i will be your girl.