27.Maria

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De todas as coisas que poderiam ter acontecido ontem, a pior delas aconteceu, eu tinha tido um sonho quente com Jasper e isso é completamente desesperador, tenho certeza que falei dormindo como sempre faço.

— Droga! Porque não posso simplesmente dormir em silêncio? — Resmungo pra mim mesma, enrolando-me na toalha.

Apoio minha mão boa na bancada mantendo a outra enfaixada longe de tudo, quando acordei Jasper já tinha feito pontos no ferimento que abriu... deve ter me dado remédios porque não sinto nada além de uma leve dormência.

Chuto a camisa rasgada e suja de sangue para longe, caindo em um cesto no canto, não tem poeira no banheiro, na verdade parece perfumado, sinto o cheiro de lavanda, Jasper deve ter limpado a casa enquanto eu dormia como disse que faria, espero que tenha ficado ocupado o suficiente para não me ouvir falando besteira a noite.

Passo a mão pelo cabelo descolando ele das minhas costas, molhando minha mão no processo, infelizmente não tem nenhum secador à vista. Observo minhas costas sentindo a ardência causada por cinco linhas finas de sangue, Jasper tinha marcado minha pele com suas unhas, nem deve ter percebido.

Não sei como deixei as coisas tomarem aquele rumo, por Deus eu tinha gemido o nome dele... Claro que foi efeito da mordida, só poderia ser isso, suspiro frustrada comigo mesma, nem eu mesma acredito nessa mentira.

Jasper é incrivelmente lindo, seu corpo foi esculpido pelos anjos porque sua existência deveria ser um pecado.

— Hmm. — Ranjo os dentes contendo minha raiva borbulhando.

Só de lembrar sinto o pulsar da minha estupidez, querendo seus dedos em minha pele, querendo cada vez mais como uma alcoólatra nunca seria o suficiente, desesperadamente estou começando a achar que fui hipnotizada.

— Malditos Cullen. — Xingo encarando meu reflexo acabado no espelho.

Minhas olheiras estão bem aparentes, nada que maquiagem não escondesse, mas as marcas das mãos dele em minha cintura seria mais difícil, estão ganhando um tom roxo... Tento não pensar muito nisso, ignoro as borboletas dançando, passo a língua pelo lábio machucado sentindo o gosto de sangue, Jasper foi muito descuidado.

Fecho os olhos tentando recuperar minha sanidade, mas acho que a perdi no momento que tive um sonho tão quente, droga, droga, sempre que estou naqueles dias parece que tenho fogo interminável.

— Ao menos não preciso mais me preocupar com isso. — Suspiro.

Finalmente os dias de vermelho passaram, deslizo a mão pelo pescoço sentindo os dois furos pequenos dos caninos dele bem marcados, está dolorido, todo meu corpo parece dolorido, ele bebeu muito do meu delicioso sangue.

— O que é isso? — Gaguejo notando as marcas da mão do Jasper nas minhas coxas.

Aperto levemente contendo um gemido de dor, está mais que óbvio que ele gosta de apertá-las, arranhões sobem decorando até a barra da toalha curta que cobre meu corpo, meu coração bate irritado, vampiro filho da puta! Jasper marcou seu território, pintou minha pele com tons roxos de prazer, tento não pensar na noite passada, nos orgasmos, na forma que apertei os lençóis e desejei cada vez mais, quase implorando... Por Deus isso é ridículo.

— Use a cabeça de cima, Bella. — Resmungo pra mim mesma.

Não posso usar meu coração para decidir as coisas, abaixo a cabeça rangendo os dentes, ainda não acredito que tive um orgasmo, que ele fez eu ter um com nada menos do que seus dentes, isso é estranho, James já me mordeu e tudo que eu senti foi dor...

— Porque com você foi tão bom? — Sussurro sem resposta.

Isso é tão errado, mas tão delicioso, empurro a porta do banheiro deixando para trás as janelas embaçadas com o calor do meu banho quente.

Crepúsculo - Bella and the BeastOnde histórias criam vida. Descubra agora