*Olá gente! Obrigada pela leitura. Mil perdões pela demora em atualizar, mas aqui estou.
Eu coloquei (pov) para facilitar o entendimento quando a narração muda.*
Boa leitura!
_______________________________________________________________(Sarah POV)
Eu acordei na quarta-feira preparada para não me atrasar. Teria uma segunda chance de fazer a prova de Direito Penal, graças ao show que eu dei na sala da coordenação.
Eu sou uma aluna de média 10. Não mereço ficar sem uma nota por causa de um professor louco e seu assistente mais louco ainda.
Fiz escândalo mesmo, como boa moradora nascida e criada no Méier que sou. Aprendi desde cedo a lutar pelos meus direitos.
E eu consegui. A coordenação obrigou o professor a me dar uma segunda chamada, coisa que não acontece na universidade.Sendo assim, uma semana depois do surto, lá estava eu, com a prova marcada para o turno da noite, já que nos outros horários as salas estavam ocupadas.
Então eu estava decidida a não me atrasar dessa vez. Passaria o dia inteiro na universidade, apenas para não correr o risco. Por isso eu não esperava pela goteira já amparada com o balde no meio da sala da minha casa, quando me levantei.
Aquilo significa apenas uma coisa: chuva.
E chuva forte, que causa trânsito e alagamento, não combinava nada com a palavra “horário”.O fato é que nas horas seguintes minha mãe pediu ajuda para tanta coisa, que quando finalmente saí de casa, já eram quatro da tarde. O que me deixava sem vantagem nenhuma com relação ao horário da prova.
Só o que poderia tornar o dia pior, aconteceu: Tudo engarrafado por conta da chuva.
As horas passavam, e eu ficava ainda mais nervosa. Não era possível que me atrasaria de novo.
Percebi que o azar seria ainda maior, quando no segundo em que desci do ônibus, faltando cinco minutos para o horário da prova, meu guarda-chuva resolveu dar uma volta pela cidade e simplesmente voou da minha mão.
Eu não tinha opção além de entrar correndo na universidade, mesmo sabendo que eu ficaria absurdamente molhada. Mas pra isso eu me precavi, deixei uma muda de roupa na mochila, para não correr o risco de receber o olhar de reprovação do professor.
Eu poderia ir de escada, mas jamais subiria os 7 andares nos minutos que me faltavam para a prova, então enquanto esperava pelo elevador, comecei a pensar em qual seria a minha melhor opção para trocar de roupa.
Ou eu iria para o banheiro, que ficava do outro lado do local da minha prova ou eu poderia tentar trocar de roupa na sala ao lado da que escolheram.
A segunda opção era a melhor. Nem titubeei quando o elevador chegou ao sétimo andar e corri até a sala que eu sabia estar vazia.
Não conseguia parar de olhar para o relógio, para ver o quanto eu estava atrasada.
Tirei os sapatos, puxei a camisa sem cerimônia alguma e fui para a calça.
Como estava molhada, tive mais dificuldade para tirar.
Assim que coloquei as mãos no sutiã, tive a sensação de que alguém estava me observando e olhei para a porta.Droga! Mas que merda!
Que idiotice a minha esquecer que as salas têm janelas de vidro.Vesti as roupas o mais rápido que consegui e sai correndo na direção da sala, pensando na burrice que eu tinha feito.
Já abri a porta faltando dois minutos para acabar o tempo da tolerância e fui logo falando:
-Professor, ainda faltam dois minutos pra acabar a tolerância, por favor me deixe fazer a prova…
Mas então eu percebi que não era o professor que estava ali e sim o assistente infernal dele.
***********
(Gabriel POV)Tortura.
Ficar na faculdade o dia todo em uma quarta-feira chuvosa, apenas para esperar a senhorita perfeição, era uma tortura.Tentei de tudo para me livrar dessa tarefa, mas não consegui. O professor disse que teria que ser eu e acabou.
Que. Raiva.Na parte da tarde, depois de duas horas lendo na biblioteca, resolvi procurá-la pela universidade. Caso tivesse chegado mais cedo, eu poderia aplicar a prova antes e terminar meu dia na cama, vendo minha série.
Mas ela não chegou. A senhorita perfeição nunca se adiantava para nada. Isso me irritou ainda mais.
A situação apenas piorou quando deu 18:00h e ela não apareceu. Sério, eu ia ficar puto ao extremo se ela faltasse. Dois minutos depois, resolvi procurar por um café, enquanto aguardava a tolerância de 15 minutos.
Só a cafeína pra me despertar em uma tarefa chata como essa.Quando estava voltando para a sala cinco minutos depois, percebi que a luz da sala vizinha estava acesa. Mas eu sabia que não tinha ninguém lá esse horário, então fui verificar.
Esse foi o meu primeiro erro.
Reconheci o volumoso e enorme cabelo cacheado, que claramente havia sido molhado na chuva, no mesmo instante que vi.
A senhorita perfeição estava ali e antes que eu pudesse sair, ela prendeu os cabelos em um coque e começou a tirar os sapatos.
Eu deveria estar achando aquilo sensual?Continuei olhando. E esse foi o meu segundo erro.
Ela levou as mãos a barra da camisa, e a retirou. Estava virada de lado, então pude ver a silhueta dos seios avantajados. No estante seguinte, ela virou de frente para pegar alguma coisa na mochila e puta que pariu, aquilo era uma tatuagem no meio dos seios?
Minha respiração falhou. De frente, ela era ainda mais perfeita. Sua pele parecia me chamar, implorar pelo meu toque.
Não tinha como fingir que meu corpo não estava reagindo aquela visão. Ela se virou de costas novamente e começou a tirar a calça, que ficou presa ao seu corpo, por estar molhada.
Então ela rebolou para conseguir tirar.
Céus!
Deveria ser proibido alguém ser tão gostosa assim!
E alguém deveria proibir os meus pensamentos sobre ela.Quando ela levou as mãos ao sutiã, eu soltei um gemido de expectativa.
E aquele foi o meu terceiro erro, já que ela virou na direção da porta e eu precisei me abaixar correndo.Fui em desespero para a sala em que ela iria me encontrar.
Será que ela tinha me visto?
Se acalma, Gabriel. Respira. Respira fundo.
Eu precisava tirar aquela imagem da cabeça. Passaria as próximas duas horas em uma sala com ela, e definitivamente ficar pensando em sua bunda deliciosa e a tatuagem que eu gostaria de beijar enquanto isso, não me parecia a melhor escolha.
Sarah Trajano era um puta mulherão. E mesmo que eu a odiasse, era obrigado a reconhecer isso.
Dois minutos depois, ela interrompeu na sala falando sem parar, até perceber que era eu que estava ali e não o professor Rennan.
O olhar que ela me deu fez meu coração parar.
Será que ela tinha me visto?!
Mas a sua frase seguinte me mostrou que não.
-O que exatamente você está fazendo aqui? - ela disse com raiva.
E naquele momento eu era uma confusão de ódio, raiva e muito tesão.
Eu queria gritar com ela, brigar com ela e beijá-la com a mesma intensidade.
Estava fudido. Total e completamente fudido.
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I Hate You, But I Want You.
Romance#História com conteúdo +18 # Sarah Trajano odiava o seu professor. Porém odiava ainda mais o assistente dele. Gabriel Salles tinha apenas uma aluna que ele não suportava. Quando os dois são obrigados pelas circunstâncias a ficar juntos, muitas coisa...