Velvet (2 temporada de Hurt)

The Faces

New York — 3:01 AM

Radio: Câmbio, na esquina com a 25, 3:05 em ponto.

–Entendido. Estou no local.

Ele estava no endereço marcado havia 5 minutos, investigando dia e noite,incansavelmente, procurando uma pista se quer. Agora ele iria encontrar o seu informante, o primeiro passo de resolver esse caso.

Ele se encostou na porta do galpão, alguns traficantes haviam feito negociações a algumas noites passadas. Retirou sua caixa de balas do bolso do sobretudo e aproveitou seu vício esperando seu informante.

A vida de detetive não era fácil. Armin Arlet se aprofundou mais na carreira policial após ter seu dinheiro roubado em um hotel na Noruega, desde então ele se dedicou a Polícia.

Um homem aparentemente de 47 se aproximou de onde Armin estava, nervoso e calculista, Armin colou a mão esquerda no bolso do sobretudo e a direita na arma em sua cintura.

–Hi.

–Se eles descobrirem você é um homem morto. –avisou.

–Poucos sabem que eu sei de tudo, eles nunca iriam descobrir, Armin. –acendeu um cigarro.

–É, eu sei.

–Ouvir disser no subsolo que têm uma empresa multimilionária extraindo e contrabandeando tanto petróleo quanto minério ilegal na Rússia.

–Faz quanto tempo? –perguntou curioso.

–Quase cinco anos. Além disso, o alemão me disse que estão vendendo pessoas e drogas no mercado negro. –jogou o cigarro no chão antes de pisar.

–Acha que pode ser uma organizado ou uma seita?

–Temos apenas um nome, mas não podemos fazer muita coisa a respeito, na verdade, não achamos nada que ligasse ele ao crime.

–E quem seria?

–É um ricaço aí, dono de um grande patrimônio, o nome dele é Mac-jim. Uma dona disse que ele comprou a casa dela e depois demoliu tudo.

–Mas oque isso tem haver? –ele estava confuso.

–Bom... o tal de Gabriel comprou a vizinhança inteira.

Foi um susto, realmente era estranho.

–Gabriel? –retrucou.

–É, é aquele empresário bonitão que namora aquela cantora famosa.

–Entendi. –ele estendeu a mão no sinal de comprimento.

–Hai Hitler.

–Hai Hitler...

O informante se retirou, acendendo um cigarro novamente, caminhou para dobrar a esquina.

Armin num gesto majestoso e rápido, sacou a pistola e apertou o gatilho. Um tiro nas costas.

Ninguém ouvirá, ninguém verá.

–Seria mais fácil se você não soubesse meu nome. –ele bufou.

Califórnia — 6:31 AM

Ele secava o cabelo com uma toalha branca do hotel, seu roupão de banho já foi um dos melhores mas no momento era o único que tinha. Retirou as toalhas e vestiu uma cueca box cor vinho, posicionou a toalha nos ombros e se sentou na cadeira em frente ao notebook.

Estava acordado à duas noites seguidas mas tinha uma força incansável de continuar seu trajeto.

–Tráfico de drogas, petróleo, minério e pessoas. –falava em seu diário enquanto digitava. –Organização criminosa que trabalha no mercado negro, líderes bilionários e federais... Arquivo 761, senha 11.111.1.111.

Ele respirou fundo e relaxou na cadeira. Seus olhos estavam se fechando, a cena de corpos vieram em sua mente e ele suspirou se levantando.

Ele andou até a varanda. Pensativo. Contemplou a vista do mar, o vento fresco batia em seu cabelo e a única coisa em sua mente era um x-burguer.

Trin-trin-trin-trin! Seu celular chamou.

–Alô?

–Yo, Armin! Como você está? –uma solene voz conhecida, era Eren.

–Eren, a quanto tempo, não é? Eu... estou bem! E você?

–Eu tenho uma novidade! Bombástica! Ontem oficialmente foi assinado todos os papéis para o meu musical!

–Oh, que bom.

–O Gabriel tomou conta de tudo, agora é questão de tempo para o show. Eu gostaria muito que você parasse por aqui.

Tic-tac. Uma luz acendeu em sua mente.

–Ei, Eren, qual era o sobrenome do Gabriel mesmo?

–É Mac-jim.

Sua mão ficou trêmula.

–Legal. Estou voltando logo, não vejo à hora de te ver cantar.

–Estou te aguardando, au revoir!

–Au revoir...

Ele desligou.

Naquele momento pensou que todas as respostas para o seu problema estavam debaixo do seu nariz, se fosse uma cobra já teria lhe mordido. Ou, talvez, tudo aquilo fosse um engano.

–Eu vou descobrir tudo ou não me chamo Armin Arlet.