Beijo e confusão

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Voltamos para o grupo e o lugar havia enchido mais do que antes. O ar exalava maconha e cigarro, todos estavam curtindo e dançando. Abri a garrafa de tequila e, hesitei em dar o primeiro gole, passando a garrafa para Monse que exagerou na golada e começou a tossir. Todos riram e Cesar a olhava preocupado.


- Meu Deus, onde vocês arrumaram isso? É puro álcool!


-Isso porque você nunca provou 51!- Falei baixo enquanto ria.


- 50 e o que?- Ruby perguntou confuso.


- É uma bebida Brasileira!


- A menina que agarrara Oscar não parava de me encarar e revirar os olhos. Ignorei o máximo que podia, foda-se essa estranha.


- Como assim você é Brasileira? - Jamal perguntou - Não parece!


- Qual é Jamal, ela é 100% Brasileira, olha o tamanho da bunda dela!- Disse Monse


Percebi que Oscar foi o primeiro a direcionar os olhos direto para a minha bunda sem nem disfarçar


- Ah ótimo, brasileiras realmente são reconhecidas pela bunda então. - Corei enquanto revirava os olhos.

- Tô saindo fora, Oscar. - A garota que estava com ele gritou enquanto se afastava pisando fundo.

- Parece que alguém vai dormir no sofá hoje- Cesar disse, zuando com a cara de Oscar que parecia enfurecido.

Oscar saiu rapidamente atrás da garota. Conversávamos enquanto bebíamos a Tequila. Em certo momento, percebi que uma garota que estava em outra roda de amigos, não parava de me encarar. Monse e seus amigos também perceberam.

 Monse e seus amigos também perceberam

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- Cara, ou ela quer te bater muito, ou ela quer te beijar muito. - Jamal disse levantando a sobrancelha de forma engraçada. Ele já estava bêbado e conseguia ser mais divertido ainda assim.


- Eu vou lá ver o que ela quer. - Falei irritada enquanto dava mais um gole na garrafa, antes de devolve-la para Ruby. Já estava um pouco tonta mas ainda tinha total controle sobre o que tava rolando.


- Ei, melhor nã..- Monse tentou dizer enquanto eu me afastava


- Ei, você me conhece? - Perguntei grosseiramente ao me aproximar dela.


- Não, mas adoraria - Ela riu sarcástica levantando a sobrancelha.


- Tá  com algum probl... pera, adoraria? - Perguntei confusa, perdendo toda a pose de marrenta que estava


- Sim, adoraria. Tem algum problema com isso? A garota conservava o ar sério, o que me deixou em dúvida se estava zuando ou não.


Fiquei sem ação.


Em uma questão de segundos ela se aproximou mais do meu rosto, me beijando. Sua boca era quente e macia, seu cabelo cheirava a baunilha - e maconha- e sua mão deslizara para o meu pescoço. Sua mão deslizava em minha cintura, e pude ouvir alguns caras falando besteira enquanto nosso beijo rolava. Eu não estava entendendo nada, mas de uma coisa tinha certeza: ela beijava bem.

(...)

Mal abrira os olhos e já podia sentir a maior dor de cabeça. Encarei  o teto e demorei a perceber que aquele quarto não era meu. Merda, onde eu fui me meter? Tentei relembrar o que tinha rolado na noite anterior, e a última coisa que me lembro foi de entrar no Impala de Oscar. Não, aquele quarto não podia ser dele, era muito arrumado e -feminino-.

-Bom dia! Desculpa entrar assim sem bater, mas meu pai está uma fera e você precisa ir...- Disse Monse, encostada no batente da porta. 

-Oh, obrigada por me deixar passar a noite. Sabe me dizer o que rolou ontem?- Perguntei enquanto me levantava

-Cara, você vazou com aquela mina e a gente te encontrou um tempo depois com um bando de cholas rindo e conversando. É um milagre porque aquelas garotas odeiam tudo e todos. 

-Ahh, acho que me lembro. Elas foram legais comigo... - Disse sentada na cama enquanto colocava meus tênis. Estremeci ao me lembrar da garota que beijei. Ela era MUITO gata e eu mal lembrava seu nome...

-E como você está com o Oscar? Quer dizer, aquilo foi MUITO estranho

-Como assim "eu e Oscar?" - Perguntei confusa.- Nós não temos nada.

-Explica isso pra ele então -Monse riu forçado- Ele praticamente te trouxe pra cá a força! Estava super nervoso... acho que a namorada chutou a bunda dele depois de ver vocês indo juntos ao mercado.

-Esse garoto é louco. Eu não pedi a ajuda dele e não, a gente não ficou no mercado. Aliás, onde tá meu irmão? - Mudei de assunto. Esse papo de Oscar já tinha me irritado.

-Então... ele é um dos motivos pro meu pai estar puto comigo.- Monse disse rindo- Ele tá lá fora fumando.

Peguei minhas coisas e agradeci novamente Monse por ter me recebido. Ao sair da casa dei de frente com Bruno, fumando como se nada tivesse acontecido 

 Ao sair da casa dei de frente com Bruno, fumando como se nada tivesse acontecido 

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-Se toca, Bruno! O pai da Monse tá puto, vamos sair fora. -Falei enquanto passava por ele e depositava um tapa em seu pescoço. O garoto parecia em transe e fumava igual uma chaminé

-Se me bater de novo eu te faço engolir esse beck! - Disse enquanto revirava os olhos e se levantava para me acompanhar.

- Você é maluca! Essa é a última vez que te chamo pra algum rolê. O pai da pirralha não me deixou entrar e eu tive que ficar aqui na varanda até amanhecer.

-Isso explica você estar fumando tanto assim - Ri da ceninha dramática dele- Foram apenas algumas horas...

-Como vamos embora?- Pergunto enquanto bolava outro baseado.

-Eu não sei você, mas eu vou de ônibus, o troco da tequila ficou pra mim ontem...- Falei enquanto acendia um cigarro. Ainda era cedo mas o sol já estava extremamente forte. Senti meu corpo ficar pesado e minha cabeça doer. Apaguei completamente (...)


A opinião de vocês é sempre bem vinda! Sugestões também... então comentem! Obrigada por lerem até aqui <3



Como la flor, con tanto amor. - On my blockOnde histórias criam vida. Descubra agora