I'M NEXT (Lumity Beta)

Capitulo I: Esculpida pelos anjos

Notas iniciais: só postando um cap hoje bem na viradinha pra não passar o halloween em branco hauauhauahauaah, me contem suas teorias da nova fanfic!! o/

Luz

Camila havia deixado Luz colocar suas playlists na viagem, e pela careta que fazia, podia notar que estava começando a se arrepender. Sempre reclamava do gosto musical da filha e sempre que outra música se apresentava na caixinha de som, considerava uma lambança sem fim. Para a mãe, as piores eram a músicas japonesas.

Luz não reclamava pois se fosse ao contrário, seria ela mesma a questionar constantemente o gosto da mais velha, que quando colocava algo para tocar era pertencente a Cuba, mesmo tendo cidadania americana a anos, internamente sua mãe sempre seria latina por inteiro.

Nesse momento estavam a caminho da faculdade da jovem adulta, numa viagem tão silenciosa que não faria diferença estarem em lugares distintos ou não.

Haviam se mudado novamente, e dessa vez, para um lugar mais reservado e insuportavelmente frio dos Estados Unidos, de acordo com Camila. Era onde residia a atual faculdade de Luz.

Se a Delegada não estivesse fora do trabalho nesse momento, já teria ligado para os oficiais da cidade para confiscarem o carro das "jovenzinhas irritantes" que haviam-na ultrapassado, com o conversível e seu som nas alturas e o teto aberto, sinalizando uma garota de cabelos curtos dirigindo e sua passageira de cabelo chamativo em tom verde, que sorriu quando a motorista inconsequente achou que seria uma ótima ideia mostrar o dedo do meio para a oficial, que buzinou quando a própria fez a manobra arriscada.

Luz fitava a marca de nascença de sua mãe que ficava entre o polegar e o indicador, focando em não rir com aquela situação e acabar por ser repreendida, é claro que a Noceda se divertia, a delegada possuia um lado irritantemente conservador que não permitia que o lado divertido da vida entrasse, a algum tempo tudo se tratava de ordem, disciplina, e uma super proteção exagerada para consigo, desde que haviam deixado seus avós maternos para trás.

Camila havia conseguido um novo emprego como delegada da cidade, passava muito tempo no seu trabalho e dizia constantemente que sentia falta de passar mais tempo com Luz, mas a mais jovem dava outro significado àquilo, para ela sua mãe só estava interessada em tentar compensar todos os erros que havia cometido no último ano, para si esse era o intuito da viagem em dupla, ao som das suas músicas detestáveis aos ouvidos da oficial da lei.

Era o primeiro dia de aula da garota e sua mãe fazia questão de estar presente, Luz seria a primeira mulher graduada da família e ela não poderia estar mais orgulhosa. A menor se sentia feliz porque a delegada já havia desistido de tentar convencê-la a cursar medicina, direito ou engenharia. Entendia que a oficial só queria uma vida menos agitada para ela e esses caminhos eram os mais seguros de acordo com 99% dos pais. Mas segurança nunca foi uma prioridade para Luz, ela queria estar em movimento e desvendar mistérios, algo que fizesse sua cabeça agitada e curiosa funcionar. E foi assim que acabou entrando em jornalismo.

Ao chegarem na entrada, Camila não poderia abraçar a universitária mais forte do que já estava fazendo, além de enchê-la de perguntas sobre todas as coisas necessárias que deveria trazer, como um casaco, e também, um casaco extra caso emprestasse o anterior para alguém, bem como, se havia mesmo calçado um tênis que não estivesse furado das suas corridas, para não correr risco de pegar chuva e chegar em casa encharcada, só para ficar resfriada e comprometer suas aulas.

A graduanda garantiu que estava perfeitamente bem por alguns longos minutos intermináveis, até que conseguiu convencer sua mãe e fez com que ela se desvencilhasse de si, para que pudesse finalmente ir para a aula.