Mel

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- É sério isso? - pergunto e aponto pra onde Megan acabou de entrar.

- A gente tem o mesmo círculo social, não tem como evita-la. - reponde minha amiga, Lizz.

Eu e Megan nunca nos demos bem. Desde que nos conhecemos não nos gostamos e estamos sempre procurando motivos para implicar uma com a outra.

Eu e Lizz estávamos nessa festa fantasia  de Halloween, nos divertindo e bebendo. Eu estava bem tranquila pensando que Megan não apareceria, pois havia mais de três horas que a festa havia começado e nem sinal dela. Pelo jeito cantei vitoria cedo demais.

Ela estava vestida de Era Venenosa, com um vestido verde colado e plantas de plástico espalhadas e subindo pelo seu corpo.

Ela estava bonita mas perdeu o foco da festa. Poxa, Halloween é terror, sangue e afins. Se vestir de personagens você se veste em outras festas fantasias e no carnaval.

- Ela é bem legal, na verdade. Não sei porque vocês ainda tem essa rivalidade entre vocês. Acho que, se vocês dessem uma trégua, poderia acabar gostando uma da outra. - comenta Lizz.

Faço uma careta pra ela e me viro para a mesa de doces.

- Até parece.

- É sério, amiga.

- Eu que não vou vou dar o braço a torcer e pedir uma coisa dessas com ela.

Continuo a analisar os doces, vendo por qual eu iria começar.

- Esse orgulho seu ainda vai te matar. - responde Lizz.

- Hum, certo. - reviro os olhos. - Por que esse mel tem escrita em outra língua?

Minha amiga se aproxima e analisa o pacotinho na minha mão.

- Sei lá, deve ser algum mel importado barato.

Dou de ombros.

- O que não mata, engorda.

Pego dois pra mim e ofereço outro pra Lizz.

- Não, obrigada. Sou alérgica.

Assinto e abro os pacotinhos.

- Bom que sobra mais então.

------ 2 horas depois ------

Estou pegando fogo.

Meu corpo inteiro está quente e sinto como se as roupas estivessem grudando no meu corpo e tudo que eu quero fazer é tira-las.

Sem falar no tesão imenso que estou sentindo. Meus mamilos estão excitados e minha boceta lateja. Sinto que posso agarrar o próximo que eu ver na frente.

Entro no banheiro apressadamente e tranco a porta. Tem alguma coisa errada.

Bebo um pouco da água da pia e molho meu pescoço pra me acalmar. Não funciona, mas é refrescante.

Me encaro no espelho e penso no que fazer. Posso ir embora e resolver isso em casa ou agarrar alguém aqui da festa.

Não me sinto realmente atraída por ninguém daqui então opto pela primeira opção.

Respiro fundo e tento me recompor um pouco, então destranco a porta e saio. Me dando de cara com alguém.

- Ei, presta atenção por onde anda! -diz a pessoa e se afasta.

Contos LesbicosOnde histórias criam vida. Descubra agora